No AMAZÔNIA:
Funcionários e clientes de uma loja de veículos ficaram reféns de três bandidos armados por quase uma hora no centro de Belém. A ação dos assaltantes foi contida por policiais militares que faziam o policiamento ostensivo no bairro do Comércio. Um tiro foi disparado, mas ninguém saiu ferido. Os três homens foram presos e encaminhados para a Seccional Urbana do Comércio.
A ação aconteceu no início da tarde de ontem. Os três assaltantes estavam em duas motos (placas JVC-4132 e JVS 0476), sendo uma de Belém e outra de Ananindeua. Elas foram estacionadas na av. Assis de Vasconcelos, próximo à rua Ó de Almeida. Em seguida, os bandidos entraram na loja Facy Car, de revenda de veículos, anunciando o assalto.
Dentro da loja, sete pessoas, entre funcionários e clientes, foram assaltadas e feitas reféns. O proprietário, Juliano Valente, e um funcionário da loja ficaram sob a mira de revólveres. As duas armas eram de calibre 38. Todos foram obrigados a ficar deitados no chão. Enquanto o terceiro assaltante fazia o recolhimento dos objetos roubados. Um tiro foi disparado para o alto. Segundo as testemunhas, o disparo teria ocorrido acidentalmente da arma de um dos bandidos. Ninguém foi atingido. Entre os objetos roubados estavam celulares, dinheiro, relógios, cordões e anéis.
Uma viatura da 6ª Zona de Policiamento (Zpol), que fazia a ronda ostensiva no Comércio, percebeu a movimentação estranha dentro da loja e acionou o Centro Integrado de Operações (Ciop). Com a chegada das viaturas, o perímetro da rua Ó de Almeida, entre a travessa Frei Gil e a av. Assis de Vasconcelos, foi interditado pela polícia. Duas viaturas da Ronda Tática Metropolitana (Rotam) também foram acionadas para prestar auxílio nas negociações com os bandidos.
Nervosos com a presença da Polícia Militar no local, os dois assaltantes armados colocaram as armas na nuca do proprietário e do funcionário e os fizeram de escudo humano. A situação era tensa, já que um tiro foi disparado por um dos bandidos poucos minutos antes. O tenente da PM Vitor Ribeiro conduziu as negociações, que duraram cerca de 40 minutos. Para se entregarem à polícia, os assaltantes exigiram coletes à prova de bala e a presença da imprensa no local, com intuito de garantir a integridade física deles.
Após o cumprimento das exigências, primeiramente cinco pessoas foram liberadas e, em seguida, Ricardo de Oliveira Gonçalves (32), Marcelo Araújo Alfaia (21) e Rafael Nunes de Araujo (22) saíram de dentro da loja com o proprietário e o funcionário como escudos humanos. Eles depositaram as armas no chão e liberaram os dois últimos reféns.
Dezenas de pessoas acompanhavam na rua as negociações da polícia com os assaltantes. Os bandidos foram levados até a viatura da PM escoltados. Algumas pessoas estavam revoltadas com a situação e queriam linchá-los. 'Deixa eles aqui com a gente, que nunca mais eles vão assaltar', disse um homem. 'Vamos pegar e linchar eles. Não adianta ir pra cadeia. Daqui a pouco, eles estão soltos', afirmou, indignado, um senhor.
Ainda bastante abaladas com o assalto, as vítimas relataram os momentos de tensão dentro da loja. 'Estávamos reunidos na sala, quando eles chegaram anunciando o assalto; roubaram os nossos pertences e nos mandaram deitar no chão. Depois disso, um deles me pegou, segurando as minhas mãos, e começou a apontar a arma direto na minha cabeça e na minha nunca. Foi horrível, porque a gente pensa em tudo, na família, nos filhos... E o medo é grande, já que um tiro tinha sido disparado por um deles. Mas, felizmente, deu tudo certo', relatou Juliano Valente, proprietário da loja.
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