De um Anônimo, sobre a postagem Assembleia disposta a rejeitar o empréstimo:
Dias atrás, foi postada aqui uma notícia sobre a candidatura de Charles Alcântara à Câmara dos Deputados, pelo PT. E hoje V. Sª informa sobre a disposição da Assembléia Legislativa em não conceder autorização para o Governo contrair novo empréstimo.
As figuras de Charles e de Puty não podem deixar de ser evocadas.
Charles, com a sua condição de não candidato, conseguiu coordenar a base de apoio do governo e levar à aprovação tudo o que era interesse do Executivo no primeiro ano. Reforma administrativa, empréstimos, PPA 2008-2011, LDO 2007 e LOA 2008. Até a polêmica aprovação do nome de Daniel Lavareda ao TCM ele conseguiu, com o cuidado de não impor constrangimentos à deputada Regina Barata, contrária ao nome. Negociações houve, mas sequer anéis foram entregues, e sim umas poucas lantejoulas.
Cláudio Puty, no entanto, só consegue tocar a vida na Alepa amparado na muleta do consultor-geral do Estado, Carlos Botelho. Tivesse tido tirocínio, teria percebido que a vitória de Cesar Colares ao TCM foi um cartão vermelho da Alepa à sua política sectária. Sua ultima derrota foi ter a LOA 2010 completamente fatiada, com necessidades de acordos e cedências além do que estava disposto a oferecer.
Com os dois como pré-candidatos a deputado federal, veremos a disputa da máquina contra a opinião, como querem alguns comentaristas de seu post? Vejamos.
Puty chegou à Casa Civil extremante interessado na vida interna da DS, sua corrente no PT. Queria reduzir o poder de influência dos “transgênicos” – ligados à Suely Oliveira – frente aos “originais”, que seriam os demais integrantes da tendência.
Estranhamente, entre os originais estavam os que vieram da Unidade na Luta, PT Pra Valer, PMDB, DEM e outros aderentes pós-chegada de Ana Júlia ao poder.
Reforça-se a tese de dois candidatos a federal pela DS. A partir de março de 2009, volta-se a tese de unidade de federais, com o candidato escolhido pela governadora. A partir de maio, é o rolo compressor da candidatura de Puty, mesmo que isso atrapalhe a reeleição de Ana.
Charles, já foi dito, não era candidato. Atuou na Casa Civil para que o governo Ana Júlia tivesse um viés, republicano, com participação popular e com respeito à autonomia entre os poderes.
Mas, no país das comparações, pondo lado e contextualizando as atuações dele e de Puty, acabou por criar na opinião pública petista a reivindicação pelo contraste não apenas de resultados políticos, mas eleitorais.
A disputa entre eles, se vier a acontecer, será dura.
O Sol – Puty – finalmente poderá medir o tamanho de sua Nêmesis – Charles Alcântara.
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