No AMAZÔNIA:
As feiras livres de Belém serão mais limpas e os feirantes terão mais consciência ambiental. Esse é o objetivo do projeto 'Feira limpa, lixo zero', elaborado pela Associação dos Feirantes nas Feiras e Mercados do Município de Belém (Asfembel) em parceria com a ONG Noolhar e que será implementado nas feiras da capital paraense.
O projeto pretende diagnosticar as necessidades de todas as feiras de Belém, produzindo também um mapa, apontando os mercados mais deficientes no quesito limpeza. O coordenador do 'Feira limpa, lixo zero', Raimundo Oliveira, acredita que por meio desse levantamento será possível mobilizar todos os feirantes a trabalhar pela higienização de seus respectivos espaços.
O trabalho da Noolhar no projeto é o de incentivar, por meio de várias ações estratégicas, a conscientização ambiental nas feiras livres. Patrícia Gonçalves, coordenadora da ONG, vê com otimismo a possibilidade de trabalhar com os feirantes. 'As feiras de Belém são áreas muito carentes de cuidado com o meio ambiente. O lixo é um problema que muitos não sabem como resolver. A gente precisa repassar informação para esses trabalhadores e ajudá-los a melhorar o ambiente público que é a feira', afirma.
De acordo com Patrícia Gonçalves, a Noolhar está trabalhando para fortalecer hábitos e ideias ecologicamente corretas nos mercados. 'Eles não precisam esperar o poder público limpar ou recolher o lixo, eles mesmo podem fazer isso', acredita a coordenadora, que dá alguns exemplos de como os feirantes podem ajudar na limpeza da feira: 'Acondicionar restos de alimentos e todo e qualquer lixo, seja ele orgânico ou não, em sacos de lixo, ou ainda em caixas ou paneiros; varrer e lavar a sua própria barraca, evitando o acumulo de sujeira e, assim, o aparecimento de animais, como os roedores'.
Patrícia afirma que a limpeza das barracas e da feira como um todo é de responsabilidade de cada trabalhador. Por isso, a Noolhar pretende fornecer vassouras produzidas com garrafa PET para ajudar na limpeza dos locais. A coordenadora conta também que a água da chuva deve ser reutilizada para lavar as feiras. 'Temos um projeto piloto no Guamá que deve recolher água da chuva para os feirantes poderem utilizar na limpeza de suas barracas', revela a ambientalista, ao ressaltar que, com a utilização da água da chuva, não a das torneiras, um recurso natural tão valioso como a água estará sendo poupado.
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