sábado, 8 de agosto de 2009

Servidores fecham unidade

No AMAZÔNIA:

A falta de medicamentos e material causou mais um revés na já precária rede de saúde em Ananindeua. O problema ocorreu durante toda a semana, mas ontem à noite se agravou com a falta de soro fisiológico, seringa e outros produtos básicos, necessários para atender ao grande número de pacientes que procura a Unidade de Urgência e Emergência da Cidade Nova VI, o pronto socorro da área, a maioria vítima de agressão por faca, bala, ou de traumas e queimaduras. Em protesto contra a falta de medicamentos, pacientes e servidores da unidade amarraram o portão com uma atadura e apagaram as luzes para evitar que os usuários entrassem no local.
A equipe de saúde não teve como atender aos doentes a partir das 22 horas quando o estoque da unidade acabou. O pedido de medicamentos foi feito desde terça-feira, mas até agora não fomos atendidos, estamos encaminhando os pacientes para a unidade do Paar e da Jaderlândia porque não temos nem como aplicar um injetável', disseram plantonistas. Sem ter o que fazer, segundo uma fonte, os três médicos do plantão voltaram para casa. Em noite de sexta-feira e madrugada de sábado a unidade atende em média 100 casos, a maioria grave.
A falta de atedimento no pronto-socorro da Cidade Nova VI complicou ainda mais a situação na Unidade de Urgência do Paar. Lá, também o estoque de medicamentos só dava para atender casos mais simples e pouca gente. 'Estamos atendendo na medida do possível, mas não teremos como fazer se houver superlotação', alertaram os funcionários. Nessa unidade havia apenas um médico de plantão. Na Cidade Nova VI e no Paar o medo é também de agressão por parte de pacientes, que não aceitam a suspensão do serviço pela falta de medicamentos.

Nenhum comentário: