terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sequestro no Spazzio Verdi

No AMAZÔNIA:

Funcionários do restaurante Spazzio Verdi, localizado na avenida Brás de Aguiar, em Nazaré, foram mantidos reféns de três assaltantes, no início da manhã de ontem. Com a chegada da polícia, um dos reféns reagiu, dando início à grande confusão dentro do estabelecimento. Houve troca de tiros com a Polícia Militar e um dos assaltantes acabou sendo baleado. Ele teria sido levado para o Pronto Socorro Municipal da 14 de março. Os outros dois conseguiram escapar.
Moradores da área suspeitam ainda do envolvimento de dois motoqueiros e um transeunte que foram vistos à frente do restaurante. Com a chegada das primeiras viaturas da Polícia Militar (PM), os três foram vistos saindo do local às pressas.
A tentativa de assalto começou por volta das 6h15. O restaurante ainda estava fechado para os clientes. Lá dentro, cerca de dez funcionários preparavam-se para servir o café-da-manhã, serviço que é oferecido diariamente a partir das 6h30.
Raimundo Gonzaga da Cruz, 38, fornecedor do restaurante, foi o primeiro a ser feito refém. Ao entrar na Brás, dirigindo uma Kombi lotada de frutas e verduras, ele notou a presença de um homem vestido de gari que falava com outro vestido de cozinheiro e um terceiro à paisana. Apenas a porta lateral do prédio, que é de acesso exclusivo a funcionários e fornecedores, estava aberta.
'Eu não cheguei a desconfiar de nada, mas achei aquela situação meio esquisita. Afinal, o que um cozinheiro estaria fazendo aí na porta, nesse horário, se o trabalho dele é lá dentro?', conta Raimundo, que, como de costume, começou a descarregar os engradados de frutas para fazer a entrega. 'Quando eu entrei, o tal cozinheiro se aproximou de mim e encostou a arma. Falou para eu não me mexer. Eu só tive a reação de arriar as frutas no chão e pedir que não atirasse porque eu era um pai de família. Ele pegou a minha bolsa, como todos os meus documentos e colocou no chão. Daí, começou o desespero', descreve Raimundo, sobre as cenas que presenciou depois disso.
O trio entrou anunciando o assalto e mandando que os funcionários deitassem no chão. O gerente do restaurante, de prenome Carlos, foi mantido sob a mira de um dos assaltantes. Depois, eles passaram a perguntar onde estava o cofre. A intenção deles, segundo a polícia, era roubar a renda de todo o final de semana.
Um cozinheiro conhecido como Júnior, que saía da câmara frigorífica, viu seus colegas de trabalho deitados no salão onde é servido o café. Percebendo que se tratava de um assalto, ele ligou de seu próprio celular para a polícia. Porém, foi flagrado por um dos assaltantes que o agrediu com uma coronhada na cabeça, ordenando que ele se juntasse aos outros reféns.
Uma cozinheira que pediu para ter sua identidade preservada acredita que um dos envolvidos seja ex-funcionário da empresa. 'Ele me disse assim: 'Sei que tu trabalhas aqui há 18 anos! Não te mexe e nem usa telefone!’. Como ele poderia saber disso?'. Além disso, por várias vezes, o trio perguntou pela proprietária do restaurante.
Em poucos minutos, chegava ali uma guarnição comandada pelo tenente PM Guimarães, da 6ª Zpol. A área foi cercada o que gerou grande nervosismo entre os assaltantes. Em dado momento, o gerente agarrou-se ao braço do homem que o mantinha refém, conseguindo desarmá-lo. A polícia interveio, havendo troca de tiros com os demais assaltantes.
Moradores da área dizem ter escutado cerca de sete disparos. Um dos envolvidos, ainda não identificado, teria sido baleado no peito e levado para o PSM da 14 de Março. Os outros dois fugiram por trás do prédio. Cartuchos de bala supostamente de pistola calibre 380 foram encontrados no local.
Encerrada a situação, moradores de prédios e residências próximas acionaram mais uma vez a polícia. Eles diziam ter escutado barulhos estranhos em alguns telhados e quintais e solicitaram uma revista completa na área. Alguns, temendo que os foragidos ainda estivessem na área, chegaram a passar mal.
A solicitação foi atendida por uma guarnição comandada pelo capitão PM Vicente, da 6ª Zpol. Várias residências e também o andar térreo do edifício Champs-Élysées foram revistadas, mas ninguém foi localizado.
Acredita-se que todos os movimentos dos assaltantes, desde a sua chegada, tenham sido registrados pelo circuito interno de vídeo do restaurante. A polícia já solicitou que a empresa responsável pela segurança do local forneça essas imagens. O caso está sendo investigado na Seccional do Comércio.

Um comentário:

Anônimo disse...

Como 2 suspeitos fogem de uma área cercada ? Com a palavra a PM !