Hélinton volta a sorrir no Leão

No AMAZÔNIA:

Até o penúltimo jogo amistoso do Clube do Remo o ataque tinha feito apenas dois, um do sub-17 Zé Inácio e outro de Hélinton. Quantidade considerada pequena para o setor, o que já gerava algumas críticas por parte dos treinadores. Mas eis que veio a redenção. Na goleada de 4 a 1 sobre a seleção de Almeirim, sábado passado, Hélinton marcou três vezes e já é o artilheiro do time nessa fase sem partidas oficiais. 'É uma pressão normal, ainda mais quem é do ataque. É da posição. Mas estava tranquilo. Ia chegar uma hora em que faria gols', comentou o atacante.
Hélinton reconhece que os gols dão mais tranquilidade ao trabalho do dia-a-dia, mas garante que isso nem será lembrado caso domingo, contra o Internacional de Marabá, o ataque remista volte a passar em branco. 'Agora temos mais tranquilidade. Mas temos mais um jogo e temos que esquecer esse jogo porque no final de semana já temos mais um compromisso e temos que acertar o que foi errado', disse o atacante, que credencia a falta de gols no começo dos jogos ao desentrosamento da equipe. 'Era começo de trabalho e não estávamos entrosados. Acredito que a partir de agora a tendência é tudo melhorar.'
Coincidentemente o ataque começou a aparecer mais com a troca de sistema de jogo. Antes o Leão Azul atuava com três zagueiros, o que deixou de acontecer quando San teve que se operar e o time voltou ao 4-4-2. 'Estávamos utilizando o 3-5-2 porque era início de trabalho e o pessoal da base joga assim. A partir da chegada de outros jogadores passamos a experimentar o outro sistema. O grupo é jovem e na fase de ser testado em várias formas de jogar', explicou o técnico Sinomar Naves. 'O time mudou bastante. Agora temos mais liberdade. Eu e o Alessandro podemos ficar mais no ataque, mais próximos ao gol. Eu particularmente acho que melhorou', completou Hélinton.
Curiosamente o companheiro de ataque de Hélinton ainda não marcou nenhum gol. Mas Alessandro leva uma desvantagem considerável. Acostumado a jogar mais pelos lados do campo, quando passou para o profissional ele foi deslocado para o meio, para atuar como um centroavante de ofício, o que tem trazido algumas dificuldades. 'É verdade, ele tem uma característica parecida com a minha, de sair da área e isso tem dificultado para ele, mas a gente tem conversado bastante e mais cedo ou mais tarde ele vai fazer gols também. No que depender de mim eu vou ajudar', Hélinton.
Indenização - Em audiência realizada ontem de manhã na 3ª Vara Trabalhista de Belém, o meia Vélber conseguiu em primeira instância que no Remo lhe pague R$ 120 mil de indenização. Atualmente no Paysandu, o jogador esteve pela última vez no Remo durante cinco meses em 2007, período em que alega não ter recebido nenhum mês trabalhado. O departamento jurídico azulino deve recorrer da sentença.