No AMAZÔNIA:
Garantia de infra-estrutura, segurança e livre acesso para população. Jardinagem e arborização em boas condições de reparo, a qual seja privilegiada a vegetação nativa da amazônia. No entanto, isso tudo está longe de ser o modelo adotado nos espaços públicos de Belém. A cidade abriga mais de 200 praças que, somadas, correspondem a uma área total de 1 milhão de metros quadrados, aproximadamente.
De acordo com o último estudo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), mais de 90% delas possuem ocupação extrema, provenientes das construções irregulares; 70% apresentam lixo disperso e 25% têm uma quantidade significativa de lixo; 43% das praças estão com equipamentos depredados e em 7% nem mesmo encontram-se aparatos de lazer; 49% possui pouca jardinagem e 5% não possui jardinagem alguma. Foi verificado também que o número de praças não contempla todos os bairros de Belém - 137, ao todo. Elas se espalham em apenas 75.
Junto à presença do lixo, que colabora na disseminação de doenças, a ocupação irregular se revela perigosa para os habitantes da cidade. 'A ocupação irregular facilita o comércio de produtos contrabandeados e de alimentos sem controle sanitário. Além disso, há instalação irregular de energia elétrica, oferecendo riscos à população', alerta o documento do Imazon. A falta de equipamentos, por exemplo, bancos, iluminação, lixeiras e coretos são outros indicadores negativos, pois inutilizam as praças, reconhecidas como um importante espaço de manifestações culturais, lazer e convivência popular.
No bairro da Marambaia, que possui pelo menos 1m² de praça per capita, a situação não é diferente: Na praça do conjunto Gleba 3, da Cohab, o mato alcança os joelhos dos moradores, e os bancos estão depredados. 'Se revitalizassem a praça, instalassem um playground para as crianças brincarem, ou trocassem os bancos, talvez as pessoas tivessem mais interesse em vir passear aqui', comenta a moradora do local, Nadir Oliveira.
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