Quando se leem notícias sobre o caos na Saúde Pública, muitas vezes ninguém mais se dá conta da dimensão dos dramas humanos envolvidos.
Sabe-se que há dramas humanos, mas nem todos atentam para a sua dimensão.
Há relatos, porém, emblemáticos que indicam claramente a dimensão dos prejuízos – algumas vezes irreversíveis – que a omissão do Poder Público inevitavelmente causa.
Acompanhe, abaixo, o comentário de um Anônimo sobre a postagem Duas mortes e caos:
Há alguns anos, vivi uma experiência que me fez tomar uma atitude para o resto da minha vida.
Tivemos que socorrer um vizinho de minha mãe visivelmente com um AVC. Percebendo a gravidade, o levamos ao hospital mais próximo, que recusou o atendimento. Na tentativa de salvá-lo, o colocamos de volta no carro e o levamos a outro hospital. Um trajeto não longo (Almirante Barroso/Alcindo Cacela), mas um tempo suficiente para que nada mais pudesse ser feito.
A decisão: se eu tiver que socorrer alguém novamente em tais circunstâncias e um hospital qualquer recusar o atendimento, o pessoal do hospital terá que colocar o paciente na rua, pois eu não o removerei de lá nem a bala.
Um comentário:
A questão da saúde pública não vai melhorar enquanto não tratada no âmbito penal.
Embora o Direito Penal seja a última alternativa, as condições de saúde pública indicam a necessidade de usá-lo.
Retardar a aplicação desse direito é postergar o uso de algo que, por ora, é a única solução do problema, ao menos para punir os responsáveis e afastar, de vez, os incompetentes dos cargos.
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