No AMAZÔNIA:
Usuários das linhas de transporte coletivo da empresa Belém Rio Transportes Ltda. ficaram sem ônibus durante toda a manhã de ontem, devido a uma paralisação feita por 120 funcionários. Os trabalhadores, que se mantiveram de braços cruzados por sete horas, exigiam o imediato pagamento de benefícios como tíquete alimentação e horas extras. Além disso, a categoria solicitou a assinatura da carteira de trabalho de 30 profissionais que atuam de forma irregular. A redução da jornada de trabalho também foi outro ponto discutido entre os membros Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário do Estado do Pará (STTRPA) e a classe patronal.
Segundo o diretor do STTRPA, Braz Afonso, os funcionários chegaram de madrugada - a partir das 3 horas - para trabalhar, todos devidamente uniformizados, no entanto, uma rápida reunião entre categoria decidiu pela paralisação. 'Tudo aconteceu muito rápido, e é fruto da intransigência do patrão, que sequer nos recebe para uma conversa informal', revela. Conforme afirma Braz, no último acordo coletivo ficou acertado que o tíquete alimentação deve ser pago até o quinto dia útil de cada mês - o que não aconteceu em agosto. 'O prazo para pagamento do benefício está vencido há uma semana. O dono da empresa alega que não tem dinheiro', diz.
A categoria reclama principalmente da falta de pagamento de horas extras. Segundo Altair Brandão, presidente do STTRPA, a jornada de trabalho, que deveria ser de aproximadamente 7 horas está sendo, no mínimo, de 10 horas. 'As linhas Satélite Ver-o-Peso e Sacramenta Nazaré estão fazendo, pelo menos uma viagem além do normal - ou seja, o trabalhador está produzindo em jornada dupla sem receber nenhum abono. Além disso, tem companheiro sendo demitido injustamente', acrescenta. Para Brandão, as infrutíferas tentativas de negociação devem acabar no Ministério Público Estadual (MPE) e na Delegacia Regional do Trabalho (DRT).
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