No AMAZÔNIA:
Um grupo de concursados aprovados em 49 concursos públicos realizados pelo governo do Estado desde 2004, e que ainda não foi chamado para ocupar seus cargos, fez um protesto, na manhã de ontem, em frente à Assembleia Legislativa do Pará. Munidos com faixas e usando camisas com os dizeres 'Nomeações já!', os manifestantes pediam o apoio dos deputados para que se posicionassem contra o acordo firmado entre o governo e o Ministério Público do Trabalho, por meio do procurador João Cláudio Monteiro Brito Filho, que estende o prazo para nomeação dos concursados do dia 29 de setembro deste ano para 18 de janeiro de 2010.
'Nossa preocupação é que o Estado nem chame mais, já que ano que vem tem eleição e o governo não vai mais poder nomear concursados', argumentou José Emílio Almeida, presidente do Sindicato dos Concursados do Estado do Pará. Segundo ele, atualmente existem mais de oito mil pessoas, aprovadas em 49 concursos, esperando nomeação. Ao mesmo tempo, nesses quase 50 órgãos onde foram realizados certames, existem mais de 18 mil temporários trabalhando. 'A gente não aceita que os temporários ocupem nossas vagas', reclamou José Emílio.
Na Assembleia Legislativa os manifestantes foram recebidos pelos deputados Arnaldo Jordy (PPS) e Eduardo Costa (PTB), que declararam seu apoio aos concursados. 'Esses temporários também são vítimas, já que em um país de desemprego, se aparece um emprego, você aceita', disse Jordy. 'Porém, onde tem concursado prevalece o concursado', continuou o parlamentar. Os deputados pediram que os manifestantes retornem à AL na próxima terça-feira com uma pauta mostrando da reivindicação.
O líder do governo na Assembleia Legislativa, Airton Faleiro (PT), não chegou a conversar com os concursados, mas disse apoiar o ato realizado ontem. 'Acho bom que eles pressionem, porque facilita a compreensão dos não concursados que estão sendo dispensados', declarou. Após o ato em frente à Assembleia, os concursados saíram em passeata até o Ministério Público, onde deram continuidade ao protesto.
Correios - Quem também compareceu ontem à Assembleia Legislativa foi um grupo de funcionários dos Correios. Eles pediam que os deputados interferissem contra o projeto de Lei apresentado pelo deputado federal Régis de Oliveira, que trata da quebra do monopólio postal, permitindo que outras empresas passem a oferecer o serviço no Brasil. 'Não seria benefício para a sociedade, porque as empresas privadas visam apenas o lucro', argumentou Fernando Augusto Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Estado do Pará.
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