No AMAZÔNIA:
'Infelizmente precisamos ter alternativas'. É o que acha o prefeito de Belém, Duciomar Costa, sobre os problemas no trânsito que, nos últimos dois dias, provocaram o caos na cidade, inclusive deixando-o preso no engarrafamento formado na avenida Generalíssimo Deodoro.
O prefeito visitou, ontem à tarde, o canteiro de obras montado na rua 14 de Março para a realização de serviço de urbanização. A interdição daquela via e da rua dos Mundurucus ao tráfego é um dos complicadores do trânsito na capital.
O trabalho deve trazer melhorias à área, mas alguns transtornos são criticados, como a falta de orientação sobre os desvios possíveis. Quem mora próximo à Caripunas também indica uma medida não adotada pela gerência de tráfego, a transformação de algumas avenidas em vias de mão dupla.
Segundo a dona de casa Josiele Coutinho, o fluxo de carros que passou a circular na Caripunas aumentou consideravelmente. Como a rua não possui infraestrutura, os motoristas são obrigados a reduzir a velocidade isso tem ajudado os bandidos a efetuarem assaltos.
Dois assaltos ocorreram ontem, minutos antes da caminhada do prefeito e de sua comitiva pela rua 14 de Março. Duciomar Costa listou medidas adotadas para tentar fazer o trânsito da cidade fluir, como o prolongamento da avenida João Paulo II, a reforma da Duque de Caxias e o projeto Via Metrópole.
Ele concorda que a execução das ações precisa ser agilizada, contudo alega que a cidade tem um passivo porque, em quase 400 anos de existência, somente Antônio Lemos teve uma visão futurista. Falta também recursos, diz, visto que a arrecadação própria caiu cerca de 28%.
Quanto às deficiências da Companhia de Transportes de Belém (Ctbel) para administrar esses problemas, Duciomar reconhece que 'existem falhas em todos os sentidos', e diante da falta de infraestrutura histórica, não tem Ctbel que dê jeito, segundo o prefeito.
Tubulação - O prefeito Duciomar Costa acompanhou, ontem, o serviço que está sendo realizado nos canais da 14 de Março e da rua Doutor Moraes. A colocação de tubos de 2,3 metros de diâmetro, somada à escavação e urbanização lateral desses braços do rio Guajará deverá demorar de quatro a treze meses.
Segundo o titular da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), Sérgio Pimentel, o serviço beneficiará diretamente cerca de 100 mil famílias dos bairros do Jurunas, Batista Campos, Nazaré, São Brás e Cremação. O orçamento inicial é de R$ 55 milhões, obtidos em financiamento da Caixa Econômica Federal.
Pimentel explica que a escavação do canal, a colocação de tubulações para escoamento e a construção da rede pluvial (que recolhe a água da chuva) evitarão o transbordamento por causa da cheia do rio ou das fortes chuvas. Quanto a obras para o esgotamento sanitário, será executado somente no trecho próximo à avenida Caripunas.
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