De um Anônimo, sobre a onda em torno da senadora Marina Silva, recém-desligada do PT e virtual candidata ao Planalto pelo Partido Verde:
Os que atacavam ministra agora a bajulam.
Ao reforçar as justificativas com as quais explica sua saída do PT, a senadora Marina Silva diz: “Não posso ficar no partido (PT) para convencer as pessoas de que o meio ambiente tem que ser prioridade. Este é um governo insensível às causas sociais".
Depois acentua: “Muitas vezes, fui criticada, na pasta do Meio Ambiente, chamada de antipatriota, travadora do desenvolvimento, porque não aceito a implantação de projetos onde comunidades indígenas ou tradicionais tenham que ser atingidas ou sacrificadas."
Criticada por quem, Marina? Pela mídia e pela oposição. "Os projetos hidrelétricos da Amazônia não podem ser instalados sem diálogo. É preciso entender que aqui (na Amazônia) moram 25 milhões de pessoas que precisam ser ouvidas", prossegue ela.
Tempo de atacar e tempo de bajular
Por fim, afirma: "Deixamos na pasta do Meio Ambiente ações que reduziram o desmatamento em 57%. Essas mesmas ações foram extintas pelo (ex) ministro (de Assuntos Estratégicos) Mangabeira Unger. Desconheço os motivos, mas lamento. "
Quem chamava a ministra de antipatriota e insensível ao desenvolvimento era a mesma mídia e a mesma oposição que hoje a louvam todos os santos dias! Por que Marina esqueceu isso?
E afirmar que o governo extinguiu as ações contra o desmatamento não corresponde aos fatos. É só conferir. Ou melhor, ficar com o dado de Marina de que as ações deste governo reduziram o desmatamento em 57%.
Um comentário:
Salvo se por motivo de obtusidade córnea, o enfoque do Anônimo das 04:30h é equivocado. Não era a mídia que criticava a ministra Marina, mas sim os senhores do agribusiness aliados aos tecnopactas do governo, que viam e vêem nas relevantes questões ambientais inerentes aos grandes projetos umna mera picuinha de ecochatos querendo proteger ninhos de cobras ou escorpiões. Uma eventual candidatura de Marina dará necessariamente ao debate eleitoral a seriedade que a questão ambiental realmente merece. E aí muita gente pode ser desmacarada.
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