No AMAZÔNIA:
Menos de 15 dias após dois assaltos terem sido praticados contra uma igreja evangélica e uma católica da Região Metropolitana de Belém (RMB), outra ação criminosa resultou na 'limpeza' de uma casa pertencente à paróquia de São Lucas, situada no conjunto Guajará, em Ananindeua. Quatro homens armados invadiram a casa paroquial da igreja à madrugada de ontem, fizeram reféns o pároco Antônio José Garcia e mais três moradores, roubaram uma quantia avaliada em R$ 5 mil e sumiram com vários objetos, entre televisores, DVD players, câmeras e aparelhos celulares. Na fuga, eles ainda roubaram o Fiat Palio recém-comprado pelo pároco, de cor prata e placas JVW-6345. O caso foi registrado na Seccional do Paar e, até a tarde de ontem, não havia pistas sobre os criminosos.
O clima de apreensão permanecia na paróquia à manhã de ontem. Ao entrar no local para mais um dia de trabalho, o secretário paroquial se deparou com o portão de acesso lateral da igreja, cuja saída é pela rua WE 64, arrombado. Os demais membros da igreja constataram que as salas e quartos da casa haviam sido revirados pelos bandidos e vários objetos pessoais haviam desaparecido. Muito abalado, o pároco Antônio Garcia relatou que o assalto ocorreu por volta de 3h.
Armados e provavelmente utilizando motocicletas, os quatro bandidos se aproximaram da paróquia - onde funcionam, além da igreja, um centro educacional comunitário e uma livraria - e arrombaram o portão lateral. O barulho chamou a atenção do pároco, que momentos depois foi surpreendido com a invasão da residência. 'Eles me renderam e depois pegaram os outros paroquianos. Estávamos dormindo. Mandaram a gente deitar e disseram: ‘Fiquem quietos, senão vai morrer gente aqui’', disse.
A 'limpeza' iniciou com o esvaziamento dos recursos que a igreja de São Lucas dispunha para pagar as próprias contas - cerca de R$ 5 mil, segundo o secretário paroquial. Fora isso, os bandidos levaram duas TVs, quatro aparelhos celulares, dois DVD players, uma câmera fotográfica e o carro do pároco, que havia sido comprado há apenas dois meses. 'Isso é apenas o que demos por falta até agora, mas pode ser que tenha mais coisa. Eles não pararam de nos ameaçar em nenhum momento. Foram muito agressivos, disseram que iam assaltar outros lugares', relata Antônio Garcia. Até mesmo o cachorro da raça poodle que mora na casa, segundo relatado pelo padre, foi ameaçado. 'Ele estava latindo. Tivemos que prendê-lo, senão iam atirar nele', comentou.
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