No AMAZÔNIA:
Ruas do bairro do Jurunas foram parcialmente interditadas, ontem, para a tradicional procissão em homenagem a São Benedito. O santo conhecido como protetor dos cozinheiros foi reverenciado durante toda a semana.
A procissão é realizada há 54 anos e este ano o tema foi 'Com São Benedito, queremos ser mais humanos e mais irmãos'. Segundo a dona de casa Arlinda Santiago, as homenagens acompanharam as mudanças no bairro, tanto para o bom quanto para o ruim. Se por um lado as ruas ganharam urbanização, os moradores passaram a conviver com a violência.
'Antes essa área era só lama. Da praça pra cá (igreja de São Judas Tadeu, na avenida Alcindo Cacela) não tinha nada. As procissões continuam, mas agora a gente não pode sair na rua por causa do medo de assalto', diz a senhora de 76 anos de idade, 54 deles vividos no Jurunas.
Arlinda acompanhou parte da homenagem acompanhada da neta, Isamara, de 7 anos. Por causa da saúde, só assistiu à missa de abertura e à saída da procissão da igreja de São Judas. Já a dona de casa Elaine Cristina foi até o final, acompanhando a filha, Raquel, de 6 anos, um dos diversos anjos levados num carro.
A caminhada só terminou na capela da Irmandade de São Benedito, na rua dos Timbiras, próximo à avenida Bernardo Sayão. Foram cerca de cinco quilômetros de romaria, iniciada sob o sol das 10h. A estimativa da organização era de que 1,2 mil pessoas participassem.
O coordenador da festividade, Manoel Costa, explicou que a igreja de São Judas comporta 800 pessoas e estava cheia. Além dessas, outras estavam no salão paroquiano e seguiram na procissão, apenas uma parte da programação preparada por 28 pessoas da diretoria, mais os membros de grupos.
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