segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Círio de Marapanim leva 40 mil fiéis às ruas

No AMAZÔNIA:

Uma multidão homenageou Nossa Senhora das Vitórias, durante o Círio de Marapanim, no que pode ter sido uma das maiores procissões da cidade, de acordo com a diretoria da festividade. A quantidade de romeiros, contudo, não impressionou o padre Orlando Lopes, pároco do município. Mais do que ter um volume grande de fiéis, o padre espera que a fé converta os corações das famílias.
Aprovação no vestibular, cura de doenças, emprego, casa própria: o percurso em companhia da imagem da Santa é oportunidade para agradecimentos por bênçãos alcançadas e para novos pedidos. O simples fato de a imagem de Nossa Senhora das Vitórias voltar a passar pela frente da casa do comerciante Martinho Moraes durante o Círio da cidade - após mais de 20 anos - já é motivo para oferecer honras à padroeira de Marapanim. Ele fez uma homenagem especial. Colocou sete crianças, entre netos e sobrinhos, em cima de uma plataforma; seis delas vestidas de anjo e a maior, como Nossa Senhora. Além disso, seu carro tocava continuamente o hino 'Ave Maria', antes e depois da passagem da romaria. 'Moro aqui há mais de 20 anos também. Cheguei a pegar o Círio passando na frente de casa, mas mudaram o percurso. Este ano, felizmente, o trajeto foi modificado', comemora o comerciante.
O guardador de carros Irlon Queiroz também não precisou receber uma dádiva mirabolante para agradecer. Depois de vários anos, sempre morando em Belém, voltou agora a poder acompanhar novamente o Círio de Marapanim, cidade de sua esposa. Ele aproveitou a oportunidade e fez um pedido sobre um assunto que também não é de vida ou morte. Vestido com a blusa do time - e ansioso pelo jogo, poucas horas mais tarde -, Irlon rezou pela ascensão do Paysandu de volta à Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Foram mais de três horas de procissão pelas ruas da cidade. Em vez de uma corda, como no Círio de Belém, 60 guardas da Santa faziam o isolamento da berlinda. Um carro-som e um trio elétrico eram usados para tocar músicas, palavras do padre Orlando e mensagens de estímulo aos fiéis. O calor era aliviado pela distribuição de água e, no caso dos precavidos, por sombrinhas.
Em vez dos 30 mil romeiros participantes do Círio de Marapanim no ano passado, a diretoria da festividade avaliou número de fiéis em mais de 40 mil durante a procissão.

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