domingo, 23 de agosto de 2009

Fumo, barulho e sujeira: vários pesos e várias medidas

Da leitora Maria Souza, sobre a postagem “A classe média virou gado pagador de imposto”:

Fico pensando quais parâmetros as autoridades do Estado brasileiro utilizam para proibir e punir, assim como a mídia no apoio que dão a estas medidas. O uso do cigarro em locais fechados e dirigir sem cinto de segurança e alcoolizado são exemplos, que embora causem polêmica, bem poucos são os discordantes de sua necessidade para a saúde coletiva. Toda a população tem a certeza que a lei será cumprida.
Por outro lado, lixo acumulado nas ruas, carros som desfilando pelas ruas a decibéis em desacordo com a saúde são ou não são problemas de saúde pública? Por quais razões os procedimentos do Estado não são os mesmos e a mídia raramente noticia? Será que punir donos de bares e bêbados dirigindo é mais fácil do que punir quem joga lixo nas ruas e transita com o som em volumes impróprios para os ouvidos alheios? Será que comprar bafômetros são mais baratos ou tem alguém lucrando? Ou será que não o fazem porque, neste último caso, entre os punidos estaria incluído o Estado, que não cumpre sua obrigação de recolher adequadamente o lixo produzido?
Quanto à punição sobre o uso de cigarro em locais fechados, eu ainda me pergunto se não seria melhor fechar as fábricas de cigarro. Não, não deixariam também de recolher alguns "pequenos" impostos, e isto já é outra coisa.

Um comentário:

Hanny disse...

Prezado Bemerguy!

Sou uma fumante convicta, ou seja, sei dos males do cigarro e procuro não incomodar os não fumantes. Aliás, até incentivo e acho ótimo quem deseja parar de pitar.
Mas essas leis estaduais proibitivas me cheiram a totalitarismo e a oportunismo. Por que não dão o direito aos bares e restaurantes de escolherem a sua clientela, entre fumantes e não fumantes? Assim, cada um escolhe onde quer frequentar. Quem não é fumante vai para onde não existem chatos, como eu. E quem é fumante vai ao encontro desses chatos... rs.
Eu acho o seguinte: se é para proibir, então é melhor instituir leis federais considerando o cigarro e a bebida drogas ilegais. Pronto. O problema estaria resolvido dentro do que se objetiva, pelo menos no discurso: cuidar melhor da vida e da saúde dos cidadãos. Nem cigarro nem bebida!
Afinal, se o cigarro mata, a bebida faz o quê? Todos sabem ou não sabem que bebida mata mais que cigarro (e ainda destroi famílias).
Também seria preciso proibir consumo de refrigerantes, como a coca-cola (dizem que desentope pia, imagina o estômago), de gordura (olha o colesterol aí; picanha, nem pensar), corrupção (vixe!), inveja da braba; e ainda diminuir a nossa carga tributária porque há imposto em excesso, e tudo que é em excesso, mata. Ou não?
Só com essas proibições, acho que a saúde do brasileiro ficará bem melhor.
Sei que vou ser bombardeada aqui, mas deixa eu aproveitar por ainda não ser proibida de me manifestar... rs.

Um grande abraço