Da leitora Anne Gabrielle, sobre a postagem “A poluição sonora é tão triste quanto à visual”:
Estava eu indignada, vasculhando pela internet o telefone de um órgão público responsável pela poluição sonora (Sedema) para efetuar uma denúncia. Classe média em nosso País virou gado pagador de imposto, e a maioria da população se porta como nenhum animal conseguiria: ser tão barulhento quanto o ser humano.
Decibéis extremamente altos, desrespeitosos, tristes e de péssima qualidade visual e auditiva. Como pagadores de impostos, deveria o Estado ter mais consideração com a saúde e a fiscalização ser dobrada em cima da violação das leis de decibéis.
Por que que um cidadão é obrigado a ouvir um som que não o agrada? Na realidade, igualdade não existe. Por isso é que a justiça não ocorre. O que há é desigualdade, injustiça e tirania de uma minoria com alta concentração de poder que deturpa, veda e abafa a informação, se apodera da tutela e dos direitos e exerce em seu próprio nome seu poder para crescer mais e mais.
Estado virou uma classe social que defende seus próprios interesses, não mais os das pessoas da sociedade. E o Brasil, há mais de 500 anos, é um País acomodado que não luta, que ataca a maconha e apoia a cachaça. Ataca o ilegal, mas sem nenhuma moral. Tomara que um dia esse povo tome vergonha na cara e pare de limpar a bunda a custo de papéis higiênicos feitos de milhares de hectares de áreas verdes e corredores ecológicos devastados feitos de pasto pra virar terra pra gado.
Grata pelo espaço de manifestação.
Um comentário:
Gabrielle e Paulo fico pensando quais parâmetros as autoridades do estado brasileiro utilizam para proibir e punir, assim como a midia no apoio que dão a estas medidas. O uso do cigarro em locais fechados e dirigir sem cinto de segurança e alcolizado são exemplos que embora causem polêmica, bem poucos são os discordantes de sua necessidade para a saúde coletiva. Toda a população tem a certeza que a lei será cumprida. Por outro lado, lixo acumulado nas ruas, carros som desfilando pelas ruas a decibéis em desacordo com a saúde são ou não são problemas de saúde pública? Por quais razões os procedimentos do Estado não são os mesmos e a mídia raramente noticia? Será que punir donos de bares e bebados dirigindo é mais fácil do que punir quem joga lixo nas ruas e transita com o som em volumes impróprios para os ouvidos alheios? Será que comprar bafômetros é mais barato ou tem alguém lucrando? Ou será que não o fazem porque, neste último caso, entre os punidos estaria incluido o Estado que não cumpre sua obrigação de recolher adequadamente o lixo produzido? Quanto a punição sobre o uso de cigarrro em locais fechados eu ainda me pergunto se não seria melhor fechar as fábricas de cigarro. Não, não deixariam também de recolher alguns "pequenos" impostos e isto já é outra coisa..
Maria Souza
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