No AMAZÔNIA:
A dois meses do Círio, uma reunião realizada ontem, no auditório Dom Vicente Zico, do Centro Social de Nazaré, definiu estratégias de controle e combate à propagação do vírus H1N1 durante a quadra nazarena, quando a capital paraense recebe milhares de pessoas de todos os lugares do mundo, o que deixaria a cidade em alerta com a possibilidade do crescimento do número de casos de Gripe A. Mas, segundo o diretor e coordenador da Festa de Nazaré, César Neves, não há motivo para que romeiros fiquem preocupados, já que o clima da cidade e ações conjuntas com os órgãos de saúde são capazes de evitar a livre circulação do vírus.
Participaram da reunião, além de César Neves, a coordenadora do Departamento de Vigilância à Saúde (Devs), da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), Carlene Almeida; a infectologista Rita Medeiros, do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB); e o coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da Unimed Belém, Raimundo Leão.
De acordo com César Neves, o número de casos confirmados por infecção do vírus H1N1 não se tornou um motivo para a Diretoria da Festa propor grandes mudanças. 'A Diretoria da Festa de Nazaré é ciente da gravidade da pandemia, mas vamos alinhar uma postura que já vem sendo mantida pelos órgãos de vigilância em saúde. Estamos a dois meses das festividades e já convocamos todos os órgãos competentes para atuar a nosso lado, através de medidas de prevenção', afirmou o diretor.
Sobre a quantidade de pessoas reunidas nas romarias, César Neves diz que é impossível evitar a multidão. 'Não temos como impedir que milhões de pessoas participem do Círio. Sabemos que o fluxo é grande. Para isso, pedimos que aquelas que apresentem os sintomas da gripe uma semana antes da procissão que não compareçam às festividades. Isso é um apelo', recomenda o coordenador, que garante ter o apoio, além das autoridades em saúde pública, das Forças Armadas.
César Neves afasta a ideia de pânico da população e acredita que a imprensa tem papel fundamental para deixar os romeiros mais tranquilos. 'Espero que não tenhamos aumento no número de casos de Gripe A. O Círio movimenta a economia do Estado. Mexe com o mercado informal, com a rede hoteleira e com o turismo como um todo. Por isso, acredito que esse ano o número de fiéis aumente de 2 para 2,5 milhões, em relação ao ano passado', ressalta o diretor da Festa de Nazaré.
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