No AMAZÔNIA:
Várias entidades do movimento social, como associações de moradores, centros comunitários, centrais sindicais e sindicatos, que integram a 'Frente contra a privatização do saneamento de Belém', se encontraram ontem pela manhã, na Praça da República. O ato público, que aconteceu no anfiteatro da Praça, contou com a exposição de faixas e distribuição de um manifesto destacando os prejuízos que a privatização da água poderia trazer à capital do Estado.
Na ocasião, também foi feita a coleta de assinaturas para serem levadas à Câmara dos Vereadores, mostrando, assim, que a população é contra a privatização. O objetivo é recolher, no mínimo, 35 mil assinaturas até terça-feira, quando será realizada uma sessão especial na Câmara para tratar do assunto.
'Nós já temos experiência no assunto. A Celpa (Centrais Elétricas do Pará) é um bom exemplo. Desde que ela foi privatizada, há 11 anos, a tarifa aumentou 187%, enquanto a inflação do período foi de 106%', lembrou Ronaldo Romeiro, presidente do Sindicato dos Urbanitários. 'Além disso, não vai haver investimento, porque empresa privada está preocupada com o lucro', continuou.
De acordo com Ronaldo, o ato público de ontem tinha o objetivo de chamar a atenção da sociedade. 'É uma luta da população do Estado. Não podemos entregar a água para o poder privado. Trata-se de uma bem público. Ainda mais na Amazônia', enfatizou.
Algumas pessoas que passavam pelo local demonstravam o seu posicionamento contra a privativação. O pedreiro Arivaldo Borges Lopes, de 26 anos, foi um dos que deixou a sua assinatura. 'É um direito nosso. Se deixarmos eles privatizarem, vai acontecer o mesmo que aconteceu com a Celpa, que não valeu a pena', reclamou.
Amanhã, às 10 horas, os movimentos sociais se encontram na Câmara dos Vereadores, onde irão se reunir com os parlamentares. Na terça, a partir das 14h30 eles participam de uma sessão especial, também na Câmara. Já na quarta-feira, será a vez dos deputados estaduais discutirem o assunto, com a outra sessão especial na Assembleia Legislativa do Estado do Pará, a partir das 15 horas.
Um comentário:
A nossa Governadora que antes ia até a batizados, não conseguiu tempo para prestigiar este ato. Que pena Governadora, cada dia o seu Governo esta cada vez mais desacreditado.
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