No AMAZÔNIA:
Um ônibus da empresa Vialoc, que faz a linha Maguari-Iguatemi, invadiu, na madrugada de ontem, o prédio do Núcleo Avançado de Atendimento Criminal (Nacri), da Defensoria Pública do Pará. Sete vítimas com suspeita de fraturas e cortes graves foram encaminhadas ao Pronto Socorro Municipal da 14 de Março. O acidente teria ocorrido depois que o coletivo foi atingido por um caminhão que trafegava pela avenida 16 de Novembro. O motorista do ônibus está entre os que foram hospitalizados.
O prédio, localizado na esquina da rua João Diogo, com a 16 de Novembro, em frente a Prefeitura de Belém, foi interditado. Perto dos bancos traseiros do ônibus havia manchas de sangue. O acidente provocou ainda a queda de um poste, comprometendo as ligações elétricas e telefônicas da área.
Segundo o gerente de tráfego da Vialoc, Amiraldo Félix, o sinal estava aberto para o coletivo e, além de avançar o semáforo, o caminhão ainda trafegava com os faróis apagados. Com a colisão, disse Félix, o motorista do ônibus foi forçado a jogar o veículo para cima do prédio.
Já o condutor do caminhão, Alessandro da Costa e Silva, 32 anos, cuja carga era de goma de tapioca vinda do município de Nova Timboteua com destino à feira da Batista Campos, disse que a culpa foi do motorista do ônibus, que teria ultrapassado o sinal vermelho. Ele acusou o ônibus de estar fora do intinerário original, já que deveria dobrar na 16 de Novembro.
A empresa informou que seguir pela João Diogo, até às proximidades do Ver-o-Peso, foi um acordo feito pelos passageiros, na maioria feirantes, com o motorista, em função da segurança.
A verdade deve vir à tona no prazo de 10 dias, quando será concluída a perícia realizada pelo Departamento de Trânsito (Detran). 'Não podemos adiantar nenhuma conclusão, até porque o motorista do coletivo ainda precisa ser ouvido', afirmou o perito Francisco de Souza Lima.
Defensoria- Diariamente, circulam pelo Nacri cerca de 200 pessoas, além de 30 funcionários. Como o acidente ocorreu de madrugada, não havia ninguém no local. O espaço abriga as centrais criminais, de flagrante e de execução, responsáveis por receber todas as comunicações de flagrantes realizados em Belém, atuando no ajuizamento imediato de pedidos de relaxamento de prisão ilegal, liberdade provisória ou habeas corpus. Também atua no acompanhamento e atuação nos processos de execução da pena de presos condenados no Estado.
O diretor metropolitano da Defensoria Pública, Antônio Carlos de Andrade, informou que o laudo da perícia de danos ao imóvel feita pelo Instituto Médico Legal (IML) deve apontar se o prédio tem condições de voltar a funcionar no futuro ou se os serviços serão removidos para outro lugar.
'Dispensamos o atendimento por tempo indeterminado, mas já estamos providenciado a realocação dele. Caso não seja mais possível utilizar o prédio, vamos tentar alugar o mais rápido possível um novo espaço', garantiu Andrade.
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