quarta-feira, 1 de abril de 2009

“Vencemos!” E não cedamos à barbárie.

Do Anônimo que não desiste de lutar contra a barulheira e o caos urbano (dê uma olhadinha aqui e aqui):

Quero agradecer, mais uma vez, ao poster pela ênfase dada à minha luta, que, de resto, não é só minha - é de toda a comunidade que ali reside e que sofre, como minha família e eu, as consequências deletérias do caos urbano.
Quero dizer que mantive contato com a Sra. Rejane Bastos, presidente da Associação dos Amigos do Silêncio, que, assim como você, me incentivou a prosseguir lutando e, mais ainda!, me orientou acerca de um verdadeiro arsenal de instrumentos legais que posso - e vou! - usar contra os causadores do barulho.
Quero pedir, por fim, desculpas ao poster por minha infeliz afirmação "Eu venci!", porquanto só a ação em concerto dos homens pode levar a um resultado positivo; aprendi isto lendo Hannah Arendt, que defendeu a revitalização do espaço público, tomando como referência o exemplo grego.
Ou seja, o agir político é feito em conjunto e, neste sentido, querido poster, se a Rejane, o Lúcio Flávio Pinto, tu, eu e tantos outros querem e se dispõem a lutar para que as questões públicas sejam postas em discussão, fazemos política através do exercício de nossa liberdade e de nossa razão crítica.
Portanto, deveria dizer "vencemos" e não o egoísta "Eu venci!" (foi a empolgação de ver o Poder Público Municipal sair de sua costumeira inércia, acredite).
Afinal, a polis - tomando emprestado o pensamento de Hannah Arendt, sobretudo o que está no capítulo "A Solução Grega" do livro "A Condição Humana" - não são as praças públicas, por exemplo, mas nós, os que querem agir em concerto para efetuar as mudanças que interessem à coletividade.
Você tem razão: não devemos desanimar, não devemos ceder à bárbarie.
Com a ajuda de vocês, eu vou a luta!

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