O Dia do Jornalista foi ontem.
Foi ontem o Dia do Jornalista.
Mas ainda vale a pena registrar como dos mais criativos o cartão virtual (clique na imagem, para ampliá-la) que a Temple Comunicação mandou para os coleguinhas, inclusive para os daqui da redação, que agradecem sensibilizados.
O Blog T, além disso, colheu os depoimentos de vários coleguinhas, que relacionaram os pontos positivos e negativos da profissão. Para ouvir o que eles e elas disseram, dê um pulinho no Headphone.
E também vale a pena registrar como da maor catiguria a matéria que o Blog T produziu e que você pode ler abaixo.
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Hoje os jornalistas são a pauta!
Por ADRIANA FERREIRA, LUCIANA BENÍCIO E ROSANA MACIEL
Como iniciar uma pauta para falar sobre... jornalistas?! Antes que você responda, a gente pula o nariz de cera e vai direto à manchete: 7 de abril é Dia do Jornalista e o Blog T homenageia quem faz a notícia ser notícia.
José Vieira, por exemplo, teve de fazer uma notícia ao vivo logo na primeira semana do primeiro emprego. Com 27 anos atuando na área, o hoje diretor de jornalismo da Rádio Cultura traz a lembrança o início da carreira, guardada com carinho. “Comecei na extinta Rádio Guajará e apenas dois dias depois de começar fui convocado para cobrir, pela televisão, um evento na FIEPA. Ou seja, no rádio tinha pouca experiência. Imagine em televisão? Mas deu tudo certo.”
“Sempre gostei da informação que acontece em cima da hora. O radiojornalismo é isso, o que se noticia agora; a televisão só vai dar à noite e o impresso, no outro dia”, compara.
Para Mônica Maia, jornalista da TV Liberal, o que a encanta na profissão é o conhecimento. “Agrada saber um pouquinho de muitas coisas todo o dia. De ter a oportunidade de poder contribuir para mudar realidades que ferem os direitos do cidadão. De poder denunciar que aquilo está errado e que alguém precisa fazer alguma coisa”, descreve a profissional, que atua há 13 anos no jornalismo.
Logo no começo da carreira Mônica aprendeu uma regra importante para jornalistas: improviso. “Meu primeiro estágio foi na rádio Cultura onde atuava na reportagem. Foi nessa época que aprendi a improvisar, falando ao vivo sem precisar anotar nada”, diz Mônica, na TV Liberal há nove anos, hoje editora executiva do Jornal Liberal 2ª Edição e coordenadora do programa de estágio, o Pro-TV.
Sobre os “dissabores” da profissão, Mônica é objetiva. “As pessoas próximas a mim não entendem como posso trabalhar aos fins de semana, feriados, Natal, Ano-Novo e ainda ser feliz com isso. Claro que seria muito melhor não trabalhar tanto, mas quem está disposto a entrar sabe que vai se privar de momentos importantes com a família ou amigos”, ela avisa.
Outra apaixonada pelo jornalismo é Luciana Cavalcante, redatora do Portal ORM. “Faço o que gosto. A gente reclama por ganhar pouco, que ter condições ideais de trabalho e por aí vai, mas não consegue largar. É viciante mesmo”.
Luciana é jornalista há 12 anos, com passagem por televisão e rádio. “Comecei com jornalismo de TV. Era estagiária, mas fazia de tudo: reportagem, edição, etc”. Algum “ex-foca” não passou por isso? “Uma das coisas que eu sempre comento é que quando eu fazia pauta não havia muitas fontes pra pesquisar informações. A internet salvou a pátria dos jornalistas e facilita muito o nosso trabalho. Antes até para descobrir um telefone era difícil”, relembra.
E na internet ela encontrou um novo caminho, com o webjornalismo. “Comecei em 2003, no finalzinho do antigo Liberal Online. Resolvi arriscar e me identifiquei muito. Depois veio o Portal ORM, onde trabalho até hoje. Foi o emprego com o qual mais me identifiquei”, revela.
Reciclagem sempre – Na opinião dos entrevistados pelo Blog T, uma coisa é comum: estar há muitos anos fazendo jornalismo não significa não precisar buscar mais conhecimento. “Pesquiso novidades na internet, revistas especializadas e livros. Faço cursos na área de web, mas lamento a falta de cursos em Belém, principalmente de pós em webjornalismo”, pontua Luciana Cavalcante.
Segundo Mônica, “para sobreviver numa redação é preciso ser bastante independente. Na TV, por exemplo, você precisa saber como providenciar um link de vivo, planejar arte ou vinheta para uma reportagem, como gravar sozinho um OFF numa ilha de edição. No mais é se atualizar com tudo que possa ser aplicado na área profissional em que atua, como curso de especialização em gestão, curso de direito ou economia para jornalistas e por aí vai”.
José Vieira diz que para se manter competitivo é preciso acompanhar a tecnologia. “Se você acompanhar essa evolução, estará dentro do mercado. Comecei com a máquina datilográfica e hoje estou no computador”, afirma.
Outros caminhos – Não faz muito tempo, lugar de jornalista era na redação. Quem não entrou no curso de comunicação pensando em rádio, TV ou jornal?
Isso mudou. A área da comunicação tornou-se bem mais abrangente por vários fatores – alguns autores creditam à abertura política dos anos 80 no Brasil à necessidade de empresas e instituições poderem (e em algumas situações) terem a obrigação de falar para a sociedade. Lá estavam jornalistas ao lado de relações públicas.
Além disso, novas tecnologias geraram novos meios de comunicação e, consequentemente, a necessidade de mais profissionais. Da mesma forma, a comunicação empresarial – e aqui falamos desde a assessoria de imprensa até a comunicação interna – abriu novas portas para quem tem formação como jornalista.
Ellen Macedo conhece bem esses dois mundos. Depois de trabalhar em impresso, rádio e TV, passou a atuar no mercado de comunicação empresarial. E lá se vão seis anos, quatro deles na Alunorte, refinaria de alumina localizada em Barcarena, onde está hoje como analista de comunicação.
A experiência lhe mostrou outra maneira de fazer comunicação. Para ela, a grande diferença está na proximidade com o público, revela. “Na redação ele está distante, é meio etéreo. Nem sempre te dá retorno sobre o teu trabalho. Na comunicação de uma empresa, o leitor é teu colega de trabalho, almoça contigo, reclama, elogia. O feedback é imediato. Isso te leva a uma autoavaliação e a um respeito maior pelo público.”
Sobre a questão de quem é jornalista, Ellen é enfática: “Acho que essa discussão leva a lugar nenhum”. E completa: “Quando vejo o público da minha empresa assistindo ou lendo às matérias que escrevo, dando importância aos veículos que produzo, me sinto tão jornalista quanto na época de redação. As pessoas se interessam pelo que é produzido na empresa e pelo que vem de fora, e querem sempre mais informação. Estão aí os blogs fazendo sucesso e nem sempre são feitos por jornalistas. Nossa classe deve se preocupar menos em se enfraquecer e mais em crescer”.
4 comentários:
Pô, seu Espaço, e nem um salgadinho virtual para seus milhares de fiéis leitores-comentaristas?
Nem uma "lamparinada" de black "onderoquis" pra nós?!
Seria a crise...??!! rsrs
"mermu" assim, parabéns!
Mas a matéria e o cartão da Temple já valem por muitos doces e salgados, Anônimo.
Abs. e obrigado.
Paulo,
Obrigada pelo Carinho. Adorei seu depoimento no nosso Headphone.
Beijos,
Cleide Pinheiro
O que é isso, amiga.
Você é que manda.
Aliás, as mulheres sempre mandam (rsss).
Abs.
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