No AMAZÔNIA:
Chuva intensa, alagamentos, acidentes, trânsito quase parado, falta de luz e muitos assaltos. A forte chuva que caiu desde a madrugada e por todo o dia de ontem voltou a castigar os moradores da Região Metropolitana de Belém. O aguaceiro dificultou o tráfego de veículos, causou muitos transtornos e perdas materiais. Bairros como Jurunas e Cremação e até Batista Campos, no centro da capital, foram afetados - em alguns trechos, vias tiveram de ser bloqueadas por agentes da Companhia de Transportes do Município de Belém (Ctbel) e populares para evitar o tráfego em meio ao rio que se transformaram as ruas.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o tempo permaneceu instável ao longo do dia, o que manteve os alagamentos e dificultou a vida de moradores que precisavam sair de casa. Neste mês de março, a capital paraense registrou 590 mm de chuva, 30% a mais que a média dos últimos 30 anos, segundo o instituto.
Na rua dos Pariquis, o trânsito foi interrompido por agentes da Ctbel por conta de uma verdadeira 'maré' de lama e água das chuvas entre a Alcindo Cacela e a 14 de Março - um caminhão foi estacionado no meio da rua por moradores, para evitar que condutores tivessem danos em seus veículos.
'Não precisava nem vocês terem vindo aqui, era só pegar foto do arquivo. Toda semana é a mesma coisa, não muda nem a cor da água', disparou o militar aposentado Luiz Alfredo, que mora em um prédio que ficou ilhado por conta do alagamento.
O mesmo cenário se repetiu em várias vias, principalmente as localizadas perto de canais. Quem caminhava pela rua dos Caripunas teve de aguentar a correnteza que transbordou do canal da 14 de Março, trazendo consigo detritos, água de esgoto e sacos de lixo. A aposentada Lucimar Medeiros, que há 40 anos mora com a família em uma pequena vila nos arredores, tentava tirar a lama da frente de sua casa - pela segunda vez em menos de uma semana, como frisou. 'Mais cedo estava bem pior, vai secando com o tempo. O difícil é que a gente limpa, varre e, dias depois, fica tudo sujo de novo. Já nos acostumamos', lamentou.
Algumas casas, especialmente as situadas à beira do canal da Doutor Moraes, chegaram a ser invadidas pela água fétida do canal. Segundo moradores, os alagamentos seriam um reflexo da falta de limpeza e de obras de saneamento adequadas no local. 'Os técnicos já vieram aqui, fizeram a análise do estado do canal e da rua e até agora nada foi feito', relatou Manoel Costa, proprietário de um bar na esquina da Caripunas com a Dr. Moraes.
2 comentários:
A população que votou no Dudu, não pode nem reclamar ao bispo!
É verdade, Anônimo.
Nem ao bispo.
Abs.
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