Prefeito culpa a deficiência entre Belém e interior

No AMAZÔNIA:

A centralização dos atendimentos médicos e a deficiência no sistema de pactuação entre capital e interior do Estado foram apontados ontem pelo prefeito Duciomar Costa como os agravantes da atual crise por que passa o sistema municipal de saúde. Segundo o prefeito, o cenário preocupante começou a se desenhar 'no apagar das luzes' da gestão de Edmilson Rodrigues (PT) quando Belém passou a ser habilitado no sistema de gestão plena, ou seja assumiu o compromisso de atender em todos os aspectos da saúde: atenção básica, especializada e especializações. 'A habilitação de Belém deu-se no apagar das luzes da gestão anterior a minha. Belém assumiu essa responsabilidade sem estar preparada para isso', declarou o prefeito.
Duciomar declarou as falhas no processo de pactuação fazem com que o Pronto-Socorro Municipal (PSM) atenda um número de pacientes superior ao que deveria atender, 'a pactuação entre os municípios existe, mas não é plena', afirmou. Segundo ele, os municípios mandam para a capital do Estado um número de pacientes superior ao pactuado, o que resulta na superlotação do PSM. A declaração do prefeito é baseada no documento fornecido Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) que detalha a movimentação de pacientes atendidos em Belém, oriundos de outros municípios.
Rejane Jatene, secretária municipal de saúde, explica que o dinheiro que foi gasto a mais com o atendimento das pessoas vindas de outras cidade não é reposto pelo Sistema Unico de Saúde (SUS). Segundo o prefeito Duciomar Costa, é preciso que o Estado interceda e converse com as outras prefeituras para que o impasse da pactuação seja resolvido, por isso ele convocou para o início da noite de hoje uma audiência com a governadora Ana Júlia, no Palácio dos Despachos, na ocasião serão debatidos os possíveis caminhos para solucionar a crise da saúde, como a estruturação de pólos regionais de atendimento.