quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Wanzeller só quer falar no Rio. No Rio?

Todos esperávamos para ontem que o ex-diretor do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, Miguel Wanzeller Rodrigues, apresentasse provas mais concretas das denúncias que fez, segundo as quais laudos técnicos teriam sido adulterados em delegacias de polícia de Belém.
Como provar?
Simples.
Cotejando, comparado os laudos supostamente adulterados com as cópias originais dos laudos autênticos que, certamente, estão nos arquivos do CPRC.
Mas que nada!
Dr. Wanzeller não apenas deixou de comprovar as denúncias que fez como ainda não disse por que motivo só agora, depois de exonerado por ato da governadora, é que veio a público fazer uma acusação gravíssima dessas.
Ontem, o blog tentou falar com Wanzeller, mas não conseguiu.
Mas falou com o presidente do PCdoB, Neuton Miranda.
E perguntou-lhe se ele, na condição de dirigente de agremiação partidária à qual Wanzeller, o denunciante, é filiado, alguma vez tomou conhecimento de que o então diretor do CPRC denunciou, ainda que reservadamente, a adulteração de laudos pela polícia.
Neuton disse que não. Que nunca tomou conhecimento nem se Wanzeller fez isso, nem se deixou de fazer. De qualquer forma, concordou que a acusação do ex-diretor é gravíssima e precisa ser apurada.
É mesmo.
É gravíssima e necessariamente exige apuração.
Adulterar laudos técnicos elaborados por peritos do Estado é adulterar documentos com uma enorme força probatória em qualquer processo, seja de natureza cível, seja de natureza criminal.
Então, em qualquer situação terá havido crimes.
Se houve adulteração dos laudos, é preciso que se investigue quem cometeu esse crime.
Se houve adulteração dos laudos, é preciso que se investigue por que a autoridade que tomou conhecimento disso não denunciou a tempo. E se não denunciou, deve ser enquadrada no crime de prevaricação.
Se não houve adulteração de laudos, terá sido criminosa a denúncia do ex-diretor do CPRC, ao imputar a prática de crimes a pessoas que não os cometeram.
Aliás, Wanzeller, segundo informa o jornal Amazônia, disse que espera para hoje a decisão sobre mandado de segurança que impetrou contra ato da governadora Ana Júlia que o exonerou do cargo.
Se a decisão lhe for favorável, disse que fará novas denúncias em Belém.
Do contrário, fará novas declarações, mas fora do Estado, provavelmente no Rio de Janeiro.
No Rio?
Mas por que no Rio?
Wanzeller tem que fazer denúncias aqui mesmo.
Seja ou não deferida a liminar que ele pleiteia para reintegrá-lo no cargo.
Todos queremos que Wanzeller fale mais.

4 comentários:

Anônimo disse...

Esse mandado de segurança só teria algum sucesso se houvesse alguma ilegalidade formal no ato da exoneração. De resto, a autoridade competente pode exonerá-lo a qualquer momento.
Será que a Polícia instaurou ou o Ministério Público requisitou a abertura do inquérito para apurar as denúncias?

Poster disse...

Olá, Anônimo.
Você tem algum elemento concreto para apresentar sobre essas denúncias todas que você menciona?
Se tiver, mande.
Do contrário, não dá para publicar seu comentários.
Abs.

Poster disse...

Ótimo, Anônimo.
Vou ver se consigo mais detalhes sobre o processo.
Obrigado.
Abs.

Anônimo disse...

Quero ver ele provar.O "defensor" do povo quer é mídia para ser candidato a Deputado Estadual.