No AMAZÔNIA:
Servidores da Secretaria Municipal de Administração de Belém (Semad) paralisaram as atividades na manhã de ontem, em protesto contra o decreto que determina o não pagamento de horas extras para todo o funcionalismo público municipal e pela decisão da Prefeitura Municipal de Belém (PMB) de não renovar os contratos temporários e encerrar outros, antes do prazo. Além disso, outra decisão da prefeitura que causou tumulto foi o distrato (demissão) de aproximadamente 80 servidores da secretaria. Os ex-funcionários alegam que a decisão foi uma arbitrariedade da secretária, Maria da Glória Albuquerque, e que não contou com o aval do prefeito Duciomar Costa.
Ladson Wallace Lobato Pantoja, 28, é servidor temporário da PMB e trabalha há dois anos como agente de serviço urbano, no cemitério Santa Izabel. Ele afirma que assim como ele, a maioria dos coveiros que trabalha no cemitério paralisaram as atividades para protestar junto à secretaria e que funcionários de outras necrópoles de Belém também aderiram à manifestação. Ladson alega que a decisão da Semad - de encerrar os contratos de temporários antes do prazo e não renová-los por mais um período - fere um acordo feito anteriormente entre a antiga gestão do órgão e os servidores, no qual o secretário confirmou a renovação dos contratos já existentes.
'Nossa hora extra foi cortada e ainda querem aumentar a nossa carga horária de 6h para 10h por dia. Muito conveniente. Outra coisa é a questão das exonerações e decisão da secretária (da Semad) de não renovar os contratos. O problema é com a secretária atual, que quer reduzir gastos às nossas custas. O secretário anterior renovou os contratos daqueles que completaram dois anos e disse que faria o mesmo conosco. Agora ela entra e quer mandar todo mundo embora. Ela está voltando atrás em uma decisão já tomada pela secretaria', reclama o agente.
O diretor do Departamento de Necrópoles de Belém (Dane), Roberto Villaça, diz que na última segunda-feira foi feita uma reunião com os servidores do cemitério para discutir a questão e garante que todas as horas extras feitas durante o mês de novembro foram pagas. Contudo, ele explica que não há como contrariar um decreto emitido pelo prefeito. Contradizendo o que disse Ladson, Villaça garante que a maioria dos servidores do Santa Izabel está em seus postos de trabalho. 'Nos reunimos na segunda-feira para discutir esta questão das horas extras. Pensamos estar tudo resolvido e quando chegamos aqui hoje estava esta confusão. Mesmo assim, a maioria dos trabalhadores está em seus postos de trabalho. O prefeito emitiu um decreto no qual determina que a partir do dia 1º de dezembro a prefeitura não pagaria mais horas excedentes. Nós não podemos fazer nada', justifica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário