quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Prisão de acusado agita os ânimos na cidade

No AMAZÔNIA:

A notícia de que o assassino de Augusto já havia sido preso chegou rapidamente ao conhecimento dos familiares de Augusto Afonso Miranda. O filho mais velho do empresário, Benedito Miranda, conhecido na cidade como Bena, saiu logo cedo de casa para confirmar a informação. Dezenas de vizinhos e amigos o acompanharam. Muitos estavam emocionados e falavam em 'retalhar' o acusado assim que o encontrassem.
O primeiro local visitado pelo grupo foi o quartel da PM, na rua Coronel Vitória, mas 'Índio' não estava mais ali. Os moradores foram então até a rua Sesquicentenário, onde encontraram o prédio da delegacia totalmente depredado. Apenas um grupo de policiais civis, entre eles o delegado Aurélio Paiva, da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), um dos que estiveram à frente da caçada ao assassino do empresário, estavam no local fazendo uma vistoria.
'Bena' chegou ali chorando, pedindo aos policiais que o deixassem ficar frente a frente com o acusado. O delegado Aurélio tentou acalmá-lo. 'O preso não está aqui, mas garanto a vocês que já está detido e que vai responder pelo crime que cometeu. Ele não está mais na cidade', falou ao grupo. Bena, porém, não se contentou com a informação e só acreditou que o acusado não estava na delegacia quando Paiva permitiu que ele próprio confirmasse a informação.
Ao sair do prédio, Bena desabafou. 'Quero ver esse desgraçado, ficar frente a frente com ele. Nem sei o que vou fazer nessa hora. Ele acabou com a nossa vida. Matou um trabalhador, um homem honesto que era querido por todos aqui. Não acho justo que a polícia agora fique escondendo ele da gente. Deviam ter trazido para Igarapé-miri para que a população pudesse descontar todo esse sentimento de revolta', argumentava, entre soluços.
Ao ser informado de que 'Índio' estava preso em Abaetetuba, Bena disse que iria até lá, mas foi impedido por familiares. Na casa onde o crime ocorreu, ninguém quis falar com a imprensa. 'O Bena está muito nervoso. Todos ainda nós estamos. Mas já decidimos que nenhum de nós vai a Abaeté ver esse assassino. O mais importante nós já perdemos', disse uma moça, também muito emocionada, sem se identificar.

Nenhum comentário: