sábado, 20 de dezembro de 2008

Paredão próximo do bicola

No AMAZÔNIA:

Sem contrato com o Remo desde o mês passado, o goleiro Adriano, 32, poderá se transferir para o Paysandu. Seria a mais nova 'travessia' envolvendo os dois grandes rivais do futebol local. Ontem, o diretor de futebol Antônio Cláudio, o Louro, revelou, por telefone, que o Papão tem interesse na aquisição do atleta, mas o clube, ao menos por enquanto, não pretende procurar o chamado 'Paredão' do Baenão. 'Ele primeiro precisa se desvincular do Remo para que possamos conversar', declarou o cartola, que já chegou a convidar o arqueiro azulino a mudar para a Curuzu, no ano passado.
'O Adriano só não veio naquela oportunidade por causa das pendências financeiras com o Remo', conta Louro. De acordo com o cartola, a contratação do goleiro dependerá da pedida financeira dele. 'Estabelecemos um teto salarial e não pretendemos nos afastar deste valor, já que trabalhamos dentro de um orçamento fixado pela diretoria', observou Louro, citando como exemplo o caso do meia Vélber, que saiu dos planos do Paysandu após pedir um valor acima do estabelecido pelo clube.
O dirigente ressalta que, no contato feito com Adriano, em 2007, não chegou a fazer uma proposta concreta ao goleiro. 'O que fiz foi apenas um convite', contou. 'Não chegamos a falar em valores de salários', assegurou. Louro elogiou o goleiro, afirmando tratar-se de 'um grande profissional e um homem sério'.
De acordo com outro diretor de futebol do Paysandu, Clodomir Araújo, o técnico Edson Gaúcho já teria apontado os nomes de três goleiros ao clube, todos eles de fora. Após a saída de Ewerton, que foi para o Botafogo-SP, a contratação de um goleiro é priorizada na Curuzu. Aliás, a saída do jogador foi explicada por Louro. 'Não houve problema financeiro', comenta. 'Nós já tínhamos acertado tudo com ele, mas aí veio a proposta do Botafogo. O sonho dele é disputar o Campeonato Paulista.'
Ewerton promete reembolsar o Paysandu da passagem aérea bancada pelo clube para o atleta retornar a Curuzu. Louro afirma ainda que, por mais que o jogador possua contrato, não tentará mantê-lo no clube. 'Não vamos prender ninguém, nem os que têm um contrato', garantiu.

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