No AMAZÔNIA:
De todos os Estados da Amazônia Legal, o Pará ainda é o que apresenta os menores índices de redução de malária. São 15,5% contra 47% de Rondônia, onde ocorreu a maior redução nos cinco primeiros meses do ano, segundo dados do Ministério da Saúde. 'Temos características específicas que favorecem a proliferação da doença e dificultam o controle. O Estado é porta de entrada e saída do País nessa região e essa movimentação favorece a transmissão da doença', explicou o sanitarista Reinaldo Braun, especialista em doenças tropicais e coordenador do Núcleo de Endemias da Secretária de Estado de Saúde Pública (Sespa).
Apesar da discrepância em relação aos níveis de redução nos outros sete Estados da Amazônia Legal - apenas a metade do percentual registrado em Tocantins, penúltimo colocado na lista do Ministério da Saúde, com redução de 30,1% - Braun aponta uma diminuição considerável de áreas consideradas de alto risco de contaminação dentro do Estado nos últimos anos. Segundo ele, até o final do ano 2000, o Pará tinha 57 municípios nessa situação. No ano passado eram apenas oito. 'Acredito que esse número será ainda menor até o final deste ano. Mesmo menos estabilizado que os outros estados, a redução dos casos da doença é uma tendência que estamos acompanhando', afirmou. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma área é considerada de alto risco quando, em um ano, ocorrem mais de 50 casos da doença por mil habitantes. No Pará, ainda estão nessa situação as cidades de Anajás, Pacajá, Jacareacanga, Caxueira do Piriá, Anapú, Itaituba, Prainha e Goianesia.
Em toda a Amazônia Legal, onde se concentram 99,9% dos casos de malária no Brasil, de janeiro a maio deste ano houve uma queda de 34,8% no número de infecções em relação ao mesmo período do ano passado.
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