sexta-feira, 18 de julho de 2008

Palavra da governadora

Sob o título acima, leia este comentário que Charles Alcântara, ex-chefe da Casa Civil do governo Ana Júlia Carepa, postou em seu blog sobre a governadora Ana Júlia Carepa:

 

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Senti muita falta de uma palavra – uma só palavra – da mulher, mãe e governadora Ana Júlia sobre a morte de bebês na Santa Casa.

Governadora, sei de seu empenho e de sua angústia com o problema; também sei das horas intermináveis dedicadas ao assunto e do sem-número de providências que a senhora, pessoalmente, tomou para enfrentar o problema.

Presumo que a senhora foi aconselhada a não falar publicamente sobre o assunto.

Presumo que os seus auxiliares e conselheiros – ligados à política e à comunicação – fizeram exaustivas reflexões sobre se a senhora deveria ou não falar, concluindo, por óbvio, que o melhor seria o silêncio.

Pode ser até mesmo que a sua decisão – a decisão final é sempre sua - esteja balizada em alguma pesquisa qualitativa, ou na mera presunção de que o melhor é não aparecer falando sobre coisas negativas, quando há tantas coisas boas para serem vinculadas à sua imagem (e realmente não faltam coisas boas feitas pelo seu governo e que precisam ser mostradas ao povo).

Presumo até mesmo o aforismo proposto para o caso, submetido à lógica de que se a pauta é negativa, falar sobre ela atrai negatividade, logo, a governadora não se pronuncia sobre o assunto.

Presumo que a lembrança de sua superexposição no caso de Abaetetuba também serviu de referência para recomendar uma postura radicalmente oposta agora.

Se é factível admitir que a senhora não precisava falar todos os dias com a Imprensa, como o fez no caso de Abaetetuba, também é factível admitir que o remédio prescrito para o caso presente – o de não se pronunciar sobre o caso, uma única vez que fosse – foi exagerado.

Governadora, nada substitui a sua palavra, nada!

E há momentos em que a sua palavra é imprescindível!

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu cidadã, sim, esperei q a gov falasse algo sobre o caso. Gostaria q ela pudesse, no mínimo, dizer q não mediria esforços para saber o que de fato aconteceu e q não poderia admitir, nem tolerar, as mortes de bebês, mesmo q em índices toleráveis. Mas ela se calou e isso a faz conivente e omissa. Mesmo q não queria, sua imagem já está associada a estas mortes e da pior forma possível.

Poster disse...

É verdade, Anônima.
Vamos postar seu comentário neste sábado.
Abs.