No AMAZÔNIA:
A reitoria temporária da Universidade do Estado do Pará (Uepa) revelou, ontem, irregularidades administrativas praticadas no ano passado e identificadas pela Advocacia Geral do Estado (AGE). O relatório foi apresentado ao Conselho Universitário (Consun). Nele, consta, por exemplo, aplicação de recursos onde não deveria, contratos com preços acima do mercado e excesso de mão-de-obra temporária.
Segundo a professora Marília Brasil, nomeada reitora até que a Justiça decida sobre ação que julga irregularidades na eleição para reitor, o relatório já estava pronto. Foi produzido através de amostragem para avaliação interna, diz.
A AGU relata situações consideradas irregularidades em diversas áreas. A começar pela quantidade de pessoal efetivo abaixo do legal e excesso de temporários a pagamento de pessoal com mais de um vínculo e horários incompatíveis.
Quanto à receita, são elencados 'desvio de finalidade de aplicação de recursos, falta de centralização na arrecadação de despesas, falta de tempestividade na contabilização da receita e contabilização indevida no Siafen (Sistemas de Administração Financeira para Estados e Municípios) e falta de utilização de recursos oriundos de convênios'.
Nesse quesito dos convênios, Marília afirma que há dívidas junto ao governo federal, geradas por dinheiro não devolvido. Ela fala em risco para outros contratos, mas considera como mais grave o que classifica de 'condições precárias dos funcionários', em especial pelo excesso de temporários.
Esses funcionários precisam ser substituídos por concursados, mas a reitora sustenta que a substituição ainda não é possível.
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