domingo, 11 de maio de 2008

No Pará, 1 em cada 10 ameaçados tem proteção policial

Na FOLHA DE S.PAULO:

No Pará, foco nacional de assassinatos e de impunidade no campo, 1 em cada 10 defensores de direitos humanos ameaçados de morte está hoje sob proteção policial.
No final do ano passado, o governo paraense concluiu uma série de entrevistas em todo o Estado em que identificou 99 pessoas ameaçadas de morte, entre religiosos, sindicalistas e integrantes de movimentos sociais. Dessas 99, apenas 9 estão hoje com proteção policial.
Entre 1971 e 2007, segundo a CPT (Comissão Pastoral da Terra), 819 pessoas foram mortas no Estado em conflitos fundiários, entre as quais a freira norte-americana naturalizada brasileira Dorothy Stang, cujo suposto mandante do crime foi absolvido na última terça.
A identificação dessas 99 pessoas, todas de alguma forma consideradas "defensoras dos direitos humanos", ocorreu a partir de listas apresentadas ao governo pela CPT e pela Fetagri, braço paraense da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura).
Entre os nove protegidos hoje, com escolta policial 24 horas por dia, está dom Erwin Kräutler, bispo do Xingu e presidente nacional do Cimi (Conselho Indigenista Missionário).
Dos 99 que receberam ameaça direta de morte, 57 solicitaram proteção imediata ao Estado. Além disso, 19 deles foram considerados de proteção prioritária pela coordenação do programa de proteção, formado, entre outros, por movimentos sociais, polícias Civil, Militar e Federal, OAB, Tribunal de Justiça e Pastoral da Terra.

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