Na coluna “Painel”, da Folha de S.Paulo:
Era uma vez no Norte
Levantamento da Comissão Pastoral da Terra consolidado após a absolvição do fazendeiro Vitalmiro Moura, o Bida, da acusação de ter mandado matar a missionária Dorothy Stang em 2005 mostra que mais de 70% dos cerca de 800 assassinatos registrados no Pará envolvendo conflitos do campo nem sequer foram investigados pela polícia do Estado.
Dos casos de assassinatos analisados pela CPT, apenas 145 se transformaram em denúncia contra os acusados e 92 viraram processos criminais posteriormente. E a lentidão da Justiça é evidente: metade desses processos tem mais de dez anos de tramitação. Vários deles já estão prescritos.
Maior força. Da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), criticando a absolvição do fazendeiro Bida, acusado de ter sido o mandante do assassinato de Dorothy Stang, durante encontro ontem com o ministro Tarso Genro (Justiça): "Se o Ministério Público solicitar a reabertura do inquérito policial, terei muito gosto em apoiar".
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