Na FOLHA DE S.PAULO:
O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, criticou em Paris a burocracia das leis brasileiras para licenciamento ambiental e defendeu uma legislação mais ágil e rigorosa.
"As leis [de licenciamento] no Brasil têm muitos gargalos. É preciso uma nova lei que aumente o rigor dos grandes impactos e diminua a burocracia para procedimentos inócuos e inúteis", afirmou.
A nova legislação deverá aumentar, por exemplo, os patamares de emissões atmosféricas que são, segundo ele, "muito frouxos no Brasil".
As declarações foram dadas durante entrevista coletiva à imprensa, concedida um dia depois de ter sido indicado pelo presidente Lula para o Ministério do Meio Ambiente.
Carlos Minc insistiu em Paris que não queria o cargo e que foi praticamente obrigado a aceitá-lo devido a insistência do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e do presidente Lula, com quem conversou por telefone.
"Quero deixar bem claro o seguinte: um, eu não pedi, dois, eu não queria, três, eu tenho um mandato parlamentar e se tudo der errado, volto para o Rio de Janeiro."
O atual secretário de Estado do Meio Ambiente do Rio de Janeiro disse que falou com o presidente Lula e que pediu as mesmas condições que vem tendo para aplicar seus projetos estaduais, entre elas, mais dinheiro para a pasta ambiental e nenhuma interferência na composição de sua equipe. Disse também que não pretende ceder a pressões políticas para aprovar processos de licenciamento ambiental.
Em tom de precaução, Minc deu a entender que não era o candidato mais preparado para assumir a pasta e que o ministério deveria ser assumido pelo ex-governador do Acre, Jorge Viana. "Não sei se estou a altura para assumir o cargo", acrescentou.
Mais aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário