sábado, 10 de maio de 2008

Mercado da eleição vende “idéias” e “diagnósticos”

É grande a variedade de cursos presenciais e pela internet, apostilas com discursos e projetos de lei, livros e CDs com dicas e programas passo a passo, kits de campanha e formatos de consultoria que prometem ajudar o candidato a se eleger.
O consultor Marco Iten ministrou cursos de marketing e planejamento de campanha em três estados. Até maio, deve realizar sete cursos presenciais e quatro pela internet por mês. Além disso, Iten conta que em abril lançará dois livros: um sobre o uso da internet nas eleições e outro sobre assessoria de imprensa em campanhas eleitorais.
Segundo ele, um dos maiores problemas das campanhas é a desorganização. “São campanhas extremamente caras porque têm que recorrer à massificação para suprimir a falta de organização. Isso gera não só campanhas extremamente caras, mas campanhas com comprometimento financeiro e amarração com os interesses dos financiadores”.
No site do consultor político Luiz Roberto Dalpiaz Rech os anúncios “Eleja-se (ou reeleja-se) prefeito” e “Eleja-se (ou reeleja-se) vereador” oferecem “kits de campanha”. O custo é de R$ 5 mil, para prefeitos, e de R$ 2,5 mil, para vereadores.
“Elaboramos um cronograma de trabalho e essa assessoria se dá até o dia da eleição, orientando o candidato em seus pronunciamentos, ações, desde a filiação partidária, até coligações, até a campanha em si, as convenções e algumas dicas e estratégias”, explica Rech, que diz ter como clientes cerca de 80 pré-candidatos a vereador.
Quem adquire o kit leva brindes como o "banco de idéias", um livro-CD com 500 idéias de projetos de lei, e um livro com as metáforas mais usadas na política.
“O candidato que tem uma determinada identificação com o segmento pode adotar algumas propostas”, explica o consultor, que cita o estatuto da juventude, a lei contra o uso do amianto e a lei do livro como alguns dos projetos mais procurados.
Segundo ele, o kit contém apenas instrumentos “facilitadores” para ajudar na vitória. “Mas podemos dizer que todas essas ferramentas contribuem com no mínimo 50% do sucesso do candidato”, garante.

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