sábado, 24 de maio de 2008

Mais três fogem do antigo Erec


No AMAZÔNIA:

Pelo segundo dia consecutivo e pela quinta vez em dois meses, adolescentes da Unidade de Atendimento Socioeducativo Crescer e Viver (antigo Espaço Recomeço - Erec) fugiram e deixaram mais uma vez os vizinhos assustados. Ontem, mais três menores escaparam da unidade, que fica na avenida Almirante Barroso. Dois foram recapturados nos fundos da escola Paulino de Brito, atrás da quadra. Anteontem, quatro adolescentes tinham escapado, e dois foram recapturados. O tumulto na Unidade Crescer e Viver teve início ontem pela tarde, quando três menores tentaram dominar um monitor. Os demais adolescentes começaram a gritar, causando novamente uma grande confusão, contornada em seguida.
À noite, por volta das 19h30, um dos monitores foi dominado por internos. Segundo informações extra-oficiais, um adolescente fingiu que estava doente e quando o monitor abriu a porta da cela para retirá-lo, outros adolescentes o dominaram. Três internos aproveitaram a ocasião, pularam o muro do prédio e escaparam.
A Polícia Militar (PM) foi acionada. Juntamente com os monitores da unidade, os militares fizeram buscas na área para localizar os menores. Dois deles estavam deitados numa área de mato nos fundos do colégio Paulino de Brito. Eles foram detidos e levados novamente para a Crescer e Viver. Um estava apenas de cueca e o outro usava um short vermelho.
Eles foram detidos por inspetores que trabalham na vigilância da escola. Segundo o inspetor André Brito, ambos estavam deitados no mato. Ele disse ainda que existe muito mato na área que fica nos fundos do colégio, e não tem iluminação. 'A iluminação é apenas das casas vizinhas', disse. Ele relatou que os adolescentes perceberam que seriam detidos e se entregaram. 'Eles gritaram ‘perdemos’ e se entregaram', contou. As buscas ao terceiro foragido continuaram, mas até as 21 horas de ontem, ele ainda não tinha sido encontrado. Moradores disseram que viram um adolescente no telhado de uma academia de ginástica que fica nas proximidades.
A fuga mais uma vez causou revolta entre os populares. 'A população não foi consultada quando o governo construiu este local. Ninguém aceita isso', disse o professor Lucivaldo Amanajás. A moradora Gríssia Lopes, de 30 anos, também reclamou. 'Nós não conseguimos mais dormir em paz, porque estes menores entram nos nossos quintais quando fogem', disse.

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