segunda-feira, 3 de março de 2008

Vice de Bira Rodrigues representa contra Sílvio Gusmão

O Ministério Público do Estado recebeu nova representação sobre o caso Uepa.
Agora, é o professor Jofre Jacob da Silva Freitas, vice na chapa de Bira Rodrigues – o segundo colocado na eleição para reitor da instituição – quem toma a iniciativa de atacar por flanco próprio.
Jofre protocolou representação junto à Promotoria de Justiça de Direitos Constitucionais e do Patrimônio Público, que tem como titular o promotor Alexandre Couto.
O vice de Bira Rodrigues pede providências do Ministério Público porque até agora, segundo afirma, o professor Sílvio Gusmão, primeiro colocado na disputa para reitor, ainda não prestou contas ao Conselho Superior Universitário (Consun) da Uepa - órgão máximo de deliberação e fiscalização das ações desenvolvidas na instituição - das verbas que lhe foram repassadas e das atividades que teriam sido desenvolvidas com recursos para implementar o Projeto Acelera Amazônia.
Jofre explica ao promotor que o Ministério da Educação, dentro do Projeto Acelera Amazônia e através da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), celebrou com a Uepa um convênio para atender a despesas com custeio de grupos de pesquisa da Universidade. As verbas, segundo consta da representação, “são repassadas diretamente ao Sr. Sílvio Romero Buarque de Gusmão por ser Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação desta instituição de ensino superior”.
A representação informa que o convênio tem número SIAFI: 574651 e número original AUX-ACAM-1388/2006. O valor é de R$ 480 mil. Já foram liberados R$ 240 mil. A última liberação de recursos, segundo Jofre, tem o valor de R$ 120mil e data de 28 de junho do ano passado.
Ao final da representação, José requer a adoção de procedimentos “para que sejam apresentadas as contas da gestão dos recursos que lhe foram repassados [a Gusmão], assim como sejam apresentados os relatórios de atividades que, por força do convênio em tela, já tenham sido enviados a Capes, se o foram.”
O mesmo promotor Alexandre Couto, que vai apreciar o pedido de Jofre Jacob da Silva Freitas, também já apura outra representação, formulado pelo professor Sílvio Gusmão, que pede a interferência do Ministério Público para apurar supostas fraudes na habilitação do professor Bira Rodrigues para concorrer ao pleito de reitor da Universidade do Estado do Pará.
Você quer conhecer a Uepa? Vá ao Poder Judiciário.
Você quer conhecer a Uepa? Vá ao Ministério Público.

8 comentários:

Anônimo disse...

Sou professor doutor da Uepa, faço parte de um grupo de pesquisa registrado no CNPq e realmente não tenho conhecimento da forma de distribuição e aplicação da verba do programa acelera Amazônia, financiada pela CAPES. Estamos no fim da atual administração e nenhuma prestação de contas foi apresentada perante os órgãos colegiados da Uepa. É uma pena que uma Universidade nova como a Uepa tenha o seu nome envolvido em páginas policiais, do judiciário e do MP.

Poster disse...

Anônimo,
É o que o blog tem dito e repetido: realmente, é deplorável que a imagem da Uepa esteja se desgastando tanto por causa dessas disputas políticas.
Seu comentário, pela pertinência, será destacado na ribaltada ainda hoje, lá pelo meio da manhã.
Abs. e volte sempre.

Anônimo disse...

Anônimo disse...

Sou estudante da Uepa e afirmo que é um absurdo termos ainda nesta universidade uma regra eleitoral tão anti-democrática como esta,precisamos acabar com a lista tríplice,voto de prestadores de serviço,funcionários cedidos de prefeituras entre outras formas imorais de voto,espero que esta eleição seja anulada!

Poster disse...

Sim, Anônimo. A lista tríplice é a porta aberota para acontecer tudo o que se está vendo.
Abs.

Anônimo disse...

Durante a transição deste governo eu ouvi do todo prosa Prof. Mario Cardoso, naquela altura já Secretário Estadual de Educação só esperando para assumir dizer para um grupo de Professores da Uepa, que tinham provas sobre a malversação de dinheiro público, já com ações na Justiça Federal, ações estas em nome de ex companheiros de Partido que eram Marinor, Ildo Terra, Araceli e o atual senador Nery e a resposta do todo prosa secretário foi que ele não era delegado de policia e que não haveria intervenção na UEPA.
Que a retirada dos atuais mandatários seria democraticamente, e ai esta o que ele chamava de democracia, foi essa arrumação de candidato de paraqueda que deu no que deu e agora que esse rapaz Jofre, que fez concurso para o Interior do estado para a UEPA e nunca soube o que é pisar lá, é chefe de gabinete de uma diretora que abriga a caixa dois de uma secretaria municipal de saude fracassada e ainda recebe as benesses do centro Saúde Escola como produtividade, de que ninguem sabe o que ele faz para receber, pois o rapaz é biomédico e vive dando aula na CESUPA, alias onde a maioria do pessoal que apoia o Jofre trabalha. Então agora é lamentável querer fazer esse tipo de coisa.

Anônimo disse...

O professor Jofre é um dos grandes pesquisadores da UEPA que todo ano aprova projetos para trazer recursos para esta universidade mas tem grandes dificuldades para utilizá-los pois a verba sempre é desviada. Nota-se que este anônimo não conhece a história do professor, que começou sim como professor do interior do Estado, onde durante 4 anos ministrou aulas , o que lhe permite conhecer também da realidade da interiorização da UEPA. Só depois foi fazer seu doutorado na USP, para depois retornar para UEPA, onde logo iniciou várias linhas de pesquisa. O professor jofre além de professor da UEPA também é professor do Cesupa sim, pois não é dedicação exclusiva da UEPA,diferente do Silvio Gusmão que é pró-reitor de pesquisa, ou seja um cargo de dedicação exclusiva da UEPA, mas como pode ser constatado em seu curriculo lattes é irregularmente professor visitante de uma instituição privada do Rio, na verdade uma instituição de décima categoria, para onde o Silvio tem estimulado nossos professores da UEPA a fazerem pós-graduação, para que seu amigo Ricardo Pinto ganhe um dinheirinho a mais. Diferente deste grupo todos sabem da dedicação e da luta do professor Jofre para resgatar a dignidade desta instituição pública que é a UEPA e só por isto aceitou ser candidato.

Anônimo disse...

Sou servidor temporário da UEPA no interior, e posso consignar que toda essa disputa têm trazido inúmeros prejuízos para a atividade-fim, qual seja, ensino-aprendizagem.
O conflito de poder e vaidade é visível, todos estão errados!
A interiorização é ótima, pois possibilita a formação local, devendo assim suprir as necessidades profissionais em dado município, o problema é que com o atual impasse, ocorrem inúmeras retaliações, cursos podem paralizar suas atividades!
Nesse sentido, a justiça deve ser celere, e diante de tantas denúncias a fiscalização a essa autarquia deve fazer-se presente.
Achar que a UEPA não têm competência para dirimir seus conflitos, punir os culpados, e não possui em seu quadro gestores probos, é o retrocesso na busca da autonomia universitária.

Poster disse...

Anônimo,
Seu comentário e suas informações são das mais relevantes, para que se possa aferir os prejuízos que essa disputa deplorável tem trazido a toda a comunidade acadêmica da Uepa.
E por que são relevantes, será destacado na ribalta do blog ainda hoje, durante a tarde.
Abs. e bom trabalho pra você, onde quer que esteja no interior.