Na FOLHA DE S.PAULO:
O Ministério da Fazenda quer se antecipar a uma possível alta de juros por parte do Banco Central e adotará medidas alternativas para tentar reduzir o crescimento do mercado de crédito, principal fonte de sustentação do consumo. A estratégia foi acertada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não quer que o BC aumente os juros e interrompa o atual ciclo de crescimento, como aconteceu em 2004.
Na época, diante de uma demanda aquecida, o BC elevou a taxa Selic (referência para economia) para conter a inflação, e o ritmo de expansão da produção nacional caiu de 5,7% para 3,2% no ano seguinte. Na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), os diretores do BC reforçaram a ameaça de uma alta de juros.
Desta vez, o ministro Guido Mantega (Fazenda) quer evitar a repetição do "stop and go", um movimento recorrente na economia brasileira caracterizado por ciclos intercalados de crescimento e estagnação.
Em recente reunião com a área econômica, Lula perguntou quais as soluções para evitar pressão nos preços neste ano e, sobretudo, na virada para 2009, fora a elevação dos juros. Além de medidas para desacelerar a concessão de financiamentos, foi proposta a adoção de incentivos à exportação.
Nessa linha, o ministro Miguel Jorge (Indústria e Comércio) deverá anunciar no início do próximo mês uma política de incentivo às vendas externas e a idéia é que contemple as exportações de veículos. Esse é um dos segmentos que mais preocupam o governo por causa do aumento dos prazos dos financiamentos concedidos.
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