Na FOLHA DE S.PAULO:
Classificada como morna nos últimos meses, a CPI das ONGs tem pela frente um tema espinhoso: o elo de organizações não-governamentais com políticos. Levantamento feito pela Folha mostra pelo menos quatro entidades na mira da CPI que receberam dinheiro público e têm ligações políticas. Requerimentos ainda não aprovados de senadores da CPI pedem investigações e quebras de sigilos dessas entidades.
Em um dos documentos, o senador Raimundo Colombo (DEM-SC), presidente da CPI, pediu a quebra dos sigilos da Fade (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco).
A fundação, sediada em Recife (PE), manteve contratos de consultoria com o economista Alexandre Rands, irmão do líder do PT na Câmara, Maurício Rands (PE). No seu currículo, Alexandre diz ter "vínculo institucional" com a instituição.
Os convênios feitos com a Fade são alvo de inquérito do Ministério Público de Pernambuco. "Há convênios e contratos celebrados ao arrepio da lei. As atividades da fundação vêm sendo monitoradas minuciosamente e os dados coletados até agora no inquérito civil instaurado depõem, e muito, contra a Fade", afirmou o promotor Ulisses de Araújo e Sá Jr.
Segundo o site do governo federal Portal da Transparência (www.transparencia.gov.br), a Fade recebeu, em 2007, R$ 16,4 milhões, menos que os R$ 19,12 milhões de 2006. Em 2005 e 2004 foram R$ 8,16 milhões e R$ 4,3 milhões, respectivamente. Os maiores valores vieram do Ministério de Ciência e Tecnologia, que repassou R$ 15 milhões em 2007.
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