quarta-feira, 5 de março de 2008

Ministro lê seu voto sobre as pesquisas com células-tronco

Recomeçou há pouco, no plenário do Supremo, o julgamento sobre as pesquisas com células-tronco retiradas de embriões humanos. O ministro Carlos Ayres Britto, relator da matéria, lê seu voto.

Antes do ministro, o advogado-geral da União, José Antonio Toffoli, defendeu a pesquisa com células-tronco embrionárias alegando que o Estado deve sempre agir sob a ótica prática e, por isso, garantir a possibilidade de pessoas com determinadas doenças virem a se curar por meio de descobertas feitas a partir de estudos com embriões.

Na defesa da posição da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) contra a liberação de pesquisas genéticas com células-tronco embrionárias, o advogado Ives Gandra Martins fundamentou sua argumentação em princípios científicos e jurídicos. Ele foi incisivo ao afirmar que, na discussão sobre pesquisas com células-tronco embrionárias, "a CNBB representa a sociedade no que diz respeito à dignidade humana, e não com posições referentes à religião".

Em defesa do argumento de que não se trata de uma discussão entre ciência e religião, ele citou o fato de que a Academia de Ciência do Vaticano tem 29 prêmios Nobel, "exclusivamente preocupados com a ciência". "Não está em discussão um problema de fé, mas apenas de ciência e de direito", assegurou.

 

Com informações do Supremo.

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