segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Onça “Luakã” é batizada

No AMAZÔNIA:

A partir de agora chama-se 'Luakã' a nova oncinha pintada (panthera onça) do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi. O nome 'Luakã' foi indicado pela estudante Samantha Juliane da Anunciação Sales de Vilhena, de 11 anos. Samantha ganhou um kit com publicações do Museu e um troféu. A menina venceu o concurso para escolha do nome da nova oncinha pintada em votação realizada entre o público que foi ao parque no dia 29 de novembro. Agora ela é a madrinha de 'Luakã'.
O nome 'Luakã' indicado por Samantha foi anunciado ontem pela manhã durante uma animada programação no Parque Zoobotânico. 'Luakã' significa 'aquela que brilha e que é formosa como a lua'. Foi tirado do livro 'As Maravilhosas Lendas Amazônicas e Outros Contos', recontadas pela escritora Maria de Nazaré Mello Soares, e dá nome a uma personagem índia que encantou a estudante. Na obra, 'Luakã' é uma índia bonita e vaidosa, com olhos cor de mel e tem o corpo pintado. 'Ela é linda, misteriosa e bastante geniosa, e a onça é um dos animais mais bonitos da Amazônia e eu estou muito feliz', disse Samantha.
Ela mora no bairro de Fátima e frequenta o Clube de Pesquisadores Mirins do Museu Goeldi há dois anos. Toda a família da estudante foi ao Museu torcer por ela. A mãe de Samantha, a pedagoga e professora Janaína Sales de Vilhena, contou que a filha é uma criança muito aplicada e desde os 9 anos quer ser bióloga, por isso ela procurou o Clube de Pesquisadores Mirins para a filha participar. 'Ela lê muito, é mais um incentivo pelos estudos', festejou. Ela contou que não sabia o nome que a filha havia escolhido para a oncinha, até saber que ela estava concorrendo. 'Pedi para ver o livro, achei bonito ser um nome indígena e que tinha tudo a ver com a região'. Para a mãe, o mais importante é o envolvimento da filha com a leitura e a preservação ambiental.
A oncinha 'Luakã' tem cerca de 6 meses. Foi apreendida pelo Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Anajás, no arquipélago do Marajó. 'Muito provavelmente a mãe dela foi morta por caçadores', disse Antônio Messias, veterinário do Museu Goeldi. Ele disse que enquanto não houver políticas responsáveis para proteção dos ecossistemas na Amazônia vão continuar aparecendo filhotes de animais como 'Luakã' e de peixes-boi, como tem ocorrido.

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