segunda-feira, 10 de março de 2008

Marzullo esclarece sobre Operação Galiléia

O advogado e militante do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Nelson Marzullo Maia, mandou ao blog um comentário – que aqui é tomado como o sagrado exercício do direito de resposta – a respeito do post Marzullo omite o fato de que foi preso com Ademir. O comentário é o seguinte, acompanhado logo em seguida dos esclarecimentos do Espaço Aberto:

Ao ler a matéria "Marzullo omite o fato ...", que tenta de todas as maneiras destacar a minha prisão na malfadada investigação policialesca "Operação Galiléia" como se fosse um ato comprobatório e inquestionável da minha culpa, cabe a mim corrigi-lo e adverti-lo do engano malicioso e intencional. Pois, sem qualquer pretensão, me incluo junto com os ilustres injustiçados por esta polícia de holofotes, apoiada por um Ministério Público de "altíssimo poder de convencimento", e que faço orgulhosamente parte de uma galeria de lutadores que foram presos injustamente: Graciliano Ramos, Luís Carlos Prestes, Mário Lago, Benedito Monteiro, etc... todos presos por suas convicções políticas que ao longo da história foram absolvidos e são até hoje respeitados. Entretanto, cabe ainda informá-lo que ingressei em juízo com duas interprelações judiciais contra a Superintendência da Polícia Federal, bem como Ação Trabalhista (indenizatória) contra a CDP, cabe ainda também informar que o TRE/PA considerou improcedente acusação contra minha pessoa, cujo o autor da acusação e as peças processuais são as mesmas da Ação Penal que corre na Justiça Federal. Portanto, é com absoluta certeza que afirmo, que pessoas como ex-senador Ademir Andrade e seu filho deputado Cássio Andrade, filiados infelizmente no PSB, serão fatalmente esquecidos, pois "políticos dessa marca" o povo paraense não quer mais, o paraense está cansado de suas mentiras, "desvios de conduta" e da visível arrogância da família Andrade.
Nelson Marzullo Maia - advogado e militante do PSB / Pará


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O Espaço Aberto esclarece cinco pontos:
1 – O blog rejeita, por incabíveis, as referências de que é preciso corrigi-lo. Como também rejeita, por descabidas, as referências de que está sendo “advertido” por “engano malicioso e intencional.”
2 – O blog não pode ser corrigido porque não errou. De uma informação absolutamente correta: a de que o signatário dos esclarecimentos acima foi preso na Operação Galiléia. Por mais incrível que possa parecer, o fato é do conhecimento do próprio sr. Nelson Marzullo Maia, ao dizer que o post em questão “tenta de todas as maneiras destacar a minha prisão na malfadada investigação policialesca (...)". Se a prisão foi malfada ou não, não cabe aqui discutir. Mas que ele foi preso, quem o diz e confirma é o próprio sr. Marzullo.
3 – Ao blog repugna, neste caso, ser advertido por “engano malicioso e intencional”, porque o post a que a refere o sr. Marzullo não expende, por mais remotamente que seja, qualquer juízo de valor sobre a culpabilidade do signatário dos esclarecimentos. Apenas informa que ele foi preso. E foi preso. O blog apenas informa que o signatório, ao se manifestar sobre disputas suas com a “família Andrade”, omitiu o fato de que ele, Marzullo, também foi preso. E omitiu mesmo. Onde, portanto, o “engano malicioso” e “intencional”? Onde?
4 – Não apenas o blog não pode formular juízos sobre a culpabilidade do sr. Nelson Marzullo como nem o Poder Judiciário pode. Ninguém, a esta altura pode: nem juiz, nem procurador do Ministério Público, nem jornalista, ninguém. Há uma ação penal em curso. Ao final dela é que se poderão mensurar as culpabilidades de cada qual e avaliar suas extensões. Assim, uma informação nos termos da que foi postada – e que gerou a manifestação do sr. Marzullo – não significa que o autor da informação, no caso do blog, está julgando o sr. Marzullo. Não está. E nem poderia fazê-lo.
5 - O único que já se julgou foi o sr. Marzullo, ao dizer que foi "preso injustamente" e que as acusações contra ele são improcedentes. Ele já se absolveu. Conceda-se-lhe esse direito. Nós ainda não podemos julgá-lo. Convém esperarmos sentença judicial.
6 – O Espaço Aberto mantém aberto o espaço para que o sr. Marzullo volte aqui quantas vezes quiser. Porque o blog e seus leitores – entre os quais espera incluir o sr. Marzullo - continuarão a debater, e a debater muito, sobre o que fazem os homens públicos - tenham sido eles presos ou não, estejam ou não respondendo a processos judiciais, estejam ou não envolvidos em disputas partidárias internas.

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