segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Sindicato dos madeireiros desafia Lula e Ana Júlia

Há um e-mail correndo solto aí pela blogosfera. É atribuído a Luiz Carlos Tremonte, presidente do Sindicato da Indústria Madeireira do Sudoeste do Pará (Simaspa). Reproduz, em síntese, declarações de empresários do setor que os jornais têm publicado nos últimos dias, desde que começou a Operação Guardiões da Floresta, de combate à devastação ambiental no município de Tailândia.

A mensagem tem o título de "Madereiro: vilão ou herói?". Veja o que diz o presidente do Simaspa e decida você que é o herói, quem é o vilão.

 

Cansamos de ser enganados, massacrados, humilhados, espezinhados e tratados como bandidos, não somos! Somos sim o guardião da floresta e um dia o madeireiro será taxado como o Herói da Amazônia, pois desejamos a floresta em pé! Somos os únicos capazes de mantê-la intocável utilizando seus recursos naturais como o caso da madeira de forma racional e operando com projeto de manejo sustentável.

Somos contra o desmatamento ilegal e nós não fazemos corte raso não colocamos fogo e muito menos devastamos pois a floresta em pé é nossa sobrevivência, uma floresta nativa, onde teoricamente pode existir ate 2.000 arvores o madeireiro extrai cerca de apenas 7, ou seja, os danos causados pelo acesso dos equipamentos de extração é inferior a 5% da floresta.

Faço aqui um desafio ao governo Lula e ao governo  do Pará: fechem todas as madeireiras, mas fechem mesmo, por um ano, continuem pagando o salário dos funcionários para que não haja desemprego, indenizem os proprietários e garanto com toda segurança e sem medo de errar que o desmatamento aumentará. Será que esse governo tem coragem!?

O governo federal e estadual precisa ouvir, temos propostas claras para diminuir o desmatamento na Amazônia com custo zero, peço ao presidente Lula que receba uma comissão do setor para ouvir nossas propostas.

Culpado do desmatamento é o próprio governo que não tem como controla-lo e inibi-lo só chega depois que a floresta está no chão e quem mais perde é o setor florestal, principalmente pelo fato de não liberarem projeto de manejo florestal, por isso peço humildade do governo e aceite nossa ajuda.

Nunca na história tivemos uma ação tão articulada no sentido de criminalizar o setor madeireiro da Amazônia. De uma hora para outra, empresário que trabalha, paga imposto, gera milhares de empregos, passou a ser tratado como o mais vil bandido, estamos sendo julgados, condenados, e executados sulmariamente.

Pior que tudo isso acontece sob olhar cúmplice e quando não com a participação direta dos nossos governantes que incapazes de cuidar da Amazônia preferem nos transformarem em bode expiatório e diante de uma campanha difamatória tão absurda e inescrupulosa cabe a todos perguntar:

A quem interessa destruir o setor florestal da Amazônia, Mas em especial do Estado do Pará? O que esta sendo feito com o setor madeireiro é terrorismo, brutal, cruel e maldoso. Há cerca de 4 anos pedimos e imploramos pela legalidade que nos é negada e somos boicotados pelo Ministério do Meio Ambiente do governo Lula e agora pelo governo estadual da Ana Júlia.

Quantas promessas feitas nunca cumpridas que já ate perdemos a conta a história vai se encarregar e demonstrar que não somos o vilão da Amazônia, então por que tanta injustiça?  Porque continuar mentindo e enganando o povo brasileiro, governo sério é aquele que respeita, e nós nunca fomos respeitados. Ao invés de declarar guerra ao madeireiro, o governo pode tê-lo juntamente com seu exército de funcionários como verdadeiros aliados diminuindo brutalmente o desmatamento.

A mentira vence por algum tempo, mas a verdade prevalecerá.

2 comentários:

Anônimo disse...

O Guardião da Floresta, que assim se julgam, primeiramente acaba com as poucas árvores nativas - as que mais são valorizadas, e logo depois é que trata de fazer manejo florestal. Claro! já destruiu tudo.
As atitutdes e burocracias dos poderes competentes realmente emperram a legalidade da extração, mas não é justificativa para esses infelizes madereiros que se julgam guardiões. Fica comprovado, por muitas resportagens, que após a extração eles tratam de vender o que restou das terras (griladas.) para os fazendeiros que queimam o que sobra para fazerem pastagem. Pobres "coitados"... Sfds.

Poster disse...

Ryan, seu comentário é dos mais pertinentes. Vou destacá-lo na ribalta, lá pelo final da manhã de hoje.
Abs. e volte sempre.