Na FOLHA DE S.PAULO:
O receio de desagradar os senadores peemedebistas José Sarney (AP) e Garibaldi Alves (RN) levou o presidente Lula a adiar mais uma vez a definição dos nomes para o comando das estatais do setor elétrico.
O principal impasse está na presidência da Eletrobras, disputada pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e pelo PMDB. Pela manhã, a cúpula do partido dava como certa a nomeação de Flávio Decat. Nome preferido de Dilma, ele contava com o apoio do governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e de deputados peemedebistas, mas não da ala do PMDB no Senado.
Só que ontem, em reunião com os ministros Edison Lobão (Minas e Energia) e José Múcio (Relações Institucionais), Lula decidiu transferir para segunda ou terça a definição das novas diretorias do setor elétrico.
Segundo a Folha apurou, peemedebistas atribuíam o adiamento a uma conversa que Lula teria tido anteontem com Sarney. O presidente do Senado, Garibaldi Alves, e Sarney preferem José Antonio Muniz, ex-presidente da Eletronorte, nome que não agrada a Dilma. Ela já havia vetado Evandro Coura, indicado por Garibaldi, que então sugeriu Muniz.
Sarney não comenta o assunto. Diz inclusive que não é o padrinho de Muniz. Seus aliados, porém, revelam que ele estava insatisfeito com o rumo das negociações. Sérgio Cabral chegou a avisar ao Planalto que não desejava criar divisões no PMDB. Ou seja, sinalizou que poderia abrir mão da indicação de Decat em favor de Muniz.
À noite, após o adiamento, a cúpula do partido acreditava que Muniz ganhou força.
Na reunião de Lula com Lobão e Múcio foi discutida também a situação de Lívio de Assis, indicado pelo deputado Jáder Barbalho (PMDB-PA) para presidir a Eletronorte. Na ficha de Assis o Planalto achou uma pendência sobre uma dívida de uma antiga empresa de sua propriedade -ele enviou documentação que provaria estar em situação regular. O partido dá como certa sua indicação.
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