quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Prédio desaba e leva casas


No AMAZÔNIA:

Um prédio de três pavimentos, que estava em construção, desabou e destruiu duas casas, ontem à tarde, no bairro do Castanheira. No imóvel, localizado na passagem Sinap, cujo acesso é pela rodovia Augusto Montenegro, seriam instaladas quitinetes. A obra é irregular, informou a Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), da Prefeitura de Belém. O acidente ocorreu por volta das 14h30. Ninguém saiu ferido com gravidade.
O representante comercial Marcelo Farias, 25 anos, estava em casa com a esposa, Daniele Negrão, 27, quando houve o desabamento. Ele se encontravam no quarto que há no térreo da residência, de alvenaria. E não tiveram como sair daquele cômodo. Foram os vizinhos que, usando uma marreta, afastaram os escombros e retiraram Marcelo e Daniele do local. 'Não tinha lugar por onde sair. Estava tudo fechado', afirmou Marcelo. O carro dele, um Golf, estacionado em frente à residência, foi atingido por uma grade do imóvel. Com algumas escoriações pelo corpo, o representante comercial disse que, segundo comentários, o prédio 'desabou para baixo e, depois, para o lado', atingindo a casa em que eles moravam havia quatro meses. A casa, de três quartos, cozinha e banheiro, é alugada.
Cunhado de Marcelo, e também morando na mesma residência, o segurança Eduardo Ferreira Negrão, 28 anos, estava no trabalho quando foi avisado de acidente. Ele ficou desesperado ao ver que nada sobrou da casa e sentou sobre os escombros do prédio. Eduardo disse que ele e a família se preparavam para mudar de endereço - uma casa ali perto. O segurança lembrou que, em setembro passado, perdeu o pai, que morreu atropelado. Agora, perdeu tudo que estava na casa. 'Perdi meu pai, agora perdi a casa', lamentava. Moravam no mesmo imóvel Marcelo, Eduardo, a irmã de Eduardo, Daniele, e a mãe dele, Fátima.
A outra casa totalmente destruída, esta de madeira, pertencia à família do estudante Bruno Costa Bentes, 20 anos. O rapaz contou que tinha acabado de sair para deixar sua irmã, de 12 anos, no colégio, que fica perto de sua casa. Ele disse que, primeiro, ouviu um barulho forte. Ao voltar, viu muita movimentação e aí, então, soube o que havia acontecido. Na hora do desabamento, não havia ninguém em sua casa, na qual moravam, ainda, seus pais e outros dois irmãos. A família morava no local há 20 anos. Mas, segundo Bruno, seus pais também são os donos de uma casa localizado nos fundos do mesmo terreno onde estava sendo construído o prédio de três andares.

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