Na FOLHA DE S.PAULO:
Em evento no Planalto para a troca de comando da Secretaria da Igualdade Racial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ontem uma defesa enfática da ex-ministra Matilde Ribeiro, que pediu demissão do cargo no início do mês após ter usado o cartão corporativo do governo para compras num free shop e alugado carros de forma sistemática sem licitação.
Para o presidente, Matilde deixou o governo sem ter cometido nenhum "crime" ou "delito", e sim por conta de "falhas administrativas".
Lula defendeu Matilde após ter pedido unidade do movimento negro em torno do Estatuto da Igualdade Racial, parado no Congresso.
"Faço esse apelo [da unidade] em nome da companheira Matilde, que sai do governo sem ter cometido nenhum crime. Não cometeu nenhum delito, teve apenas falhas administrativas", afirmou. "Eu disse a ela que não compensava ficar em um cargo para ser massacrada e triturada, como ela foi durante dez dias consecutivos", disse Lula, que se referiu a ela como a mesma "companheira intocável" dos tempos de militância no PT de Santo André.
Matilde pediu demissão do governo pelo uso do cartão corporativo em seu período de férias (R$ 2.969,01), num free shop (R$ 461,16) e no aluguel sistemático de carros (mais de R$ 110 mil, sem licitação). No total, Matilde gastou R$ 171 mil com o cartão em 2007, a líder do ranking entre os ministros.
Ontem, ao fazer a defesa da ex-ministra, que não compareceu ao evento, Lula foi aplaudido pelas cerca de mil pessoas que lotaram o salão nobre do Planalto para a posse do deputado petista Edson Santos (RJ) como titular da Secretaria Especial da Igualdade Racial da Presidência. Ele assume na vaga de Martvs Chagas, interino desde a demissão de Matilde.
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