O juiz federal substituto Leonardo Augusto de Almeida Aguiar, respondendo pela 4ª Vara Federal, deferiu mandado para que a Polícia Federal efetuasse busca e apreensão no quartel 20º Batalhão da Polícia Militar e no posto policial do Guamá na manhã de ontem, conforme mencionou hoje o Quinta Emenda.
Duas equipes da PF participaram das diligências. Eles buscavam dinheiro e armas dos assaltantes de uma agência dos Correios no bairro da Terra Firme. A PM não apresentou os cerca de R$ 2 mil roubados e as armas à Justiça após a prisão dos bandidos, ocorrida no mesmo dia do roubo. Por isso, ficou a suspeita de que o dinheiro e as armas estejam com os policiais militares que fizeram a prisão.
O roubo na agência dos Correios ocorreu na quinta-feira da semana passada. Uma pessoa viu e acionou a PM, que prendeu três dos cinco assaltantes nas redondezas da agência. A PM levou os presos para a Polícia Federal, mas sem as armas e sem o dinheiro. A PF comunicou a prisão à Justiça e ao Ministério Público Federal. Assim que tomou conhecimento, o MPF fez o pedido de busca e apreensão, que incluiu não só as instalações militares às quais os policiais são vinculados – 2ª ZPOL e 11ª ZPOL – como também as viaturas e os próprios policiais (busca pessoal).
A PF não encontrou nem o dinheiro, nem as armas, inclusive a do vigia da agência. Mas foram encontradas algumas armas sem registro, que foram apreendidas pelos policiais federais.
Ontem, o magistrado, que é substituto da 3ª Vara Federal, mas neste mês responde pela 4ª Vara - também especializada em ações criminais - expediu mandado determinando ao comandante-geral da Polícia Militar do Estado para que instaure, em 24 horas, inquérito policial militar para apurar o possível desvio das armas e do dinheiro pelos policiais e a concluir tal investigação no prazo máximo de 15 dias.
O magistrado também fixou o prazo de 24 horas para o comandante fornecer os nomes de todos os PMs que participaram da prisão dos assaltantes. Os PMs que participaram da perseguição aos bandidos, segundo notícia publicada em O LIBERAL de hoje, são oficiais da 11ª Zpol (Guamá), sob o comando do tenente Samaroni e da 2ª Zpol (São Brás), liderados pelo tenente Roberto. “Eles chegaram a recuperar o colete roubado do segurança da agência, mas o revólver do vigilante e outros dois usados pelos bandidos desapareceram. O dinheiro também desapareceu”, diz a informação do jornal.
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