domingo, 13 de janeiro de 2008

O que estará acontecendo em Curralinho?


No AMAZÔNIA:

Bebês chegam mortos no porto de Belém

Dois bebês morreram de doenças desconhecidas dentro da enfermaria de um navio que faz viagens para o Marajó. Ester Fernandes Garcia e Gustavo Lopes Coutinho, de 8 e 3 meses, respectivamente, morreram na madrugada de ontem. Apresentando os mesmos sintomas e vindas do mesmo local, o hospital público de Curralinho, os bêbes faleceram no colo das mães, que esperavam encontrar em Belém cura para a doença que não sabiam definir.
Ester e Gustavo embarcaram no navio Comandante Solon às 23 horas da noite de sexta-feira, 11. Os dois estavam internados no hospital público de Curralinho, onde receberam os primeiros cuidados médicos. Canseira intensa e febre constante eram os sintomas apresentados. Segundo um funcionário do navio, nos últimos dias a enfermaria do Comandante Solon, que faz viagens para o Marajó, tem se transformado num verdadeiro necrotério.
A última morte foi registrada na segunda-feira, 7, quando um jovem, com os mesmos sintomas, morreu também durante a viagem. 'O que está acontecendo em Curralinho é um caso de polícia. Muita gente está morrendo por lá e quando tenta se curar em Belém acaba não resistindo à viagem', disse o rapaz, que não quis se identificar. O navio, de grande porte, atracou no porto Bom Jesus às 7 horas de ontem. Ester morreu às 6 horas da manhã e Gustavo, à 1 hora da madrugada.
Segundo Elza Fernandes, mãe de Ester, a menina apresentava os sintomas há cinco dias. Na quinta-feira, 10, ela foi internada sob os cuidados do médico João Paulo, que teria diagnosticado pneumonia. Como o médico viajou para Belém na sexta-feira, conforme disse a mãe da criança, Elza decidiu não ficar na cidade. Na mesma noite embarcou com a filha no navio. Sequer o hospital teria pedido que a mãe assinasse um termo de responsabilidade ou teria desaconselhado a viagem.
Com Gustavo não foi diferente. Contou a mãe, Juciclene Duarte Lopes, que o bebê também estava doente há uns dias e ainda chegou a ficar internado por umas horas no mesmo hospital. Ela também decidiu partir com o bebê para Belém. No início da madrugada, Gustavo começou a passar mal, com grande dificuldade para respirar. Não resistiu. Ontem, um agente funerário preparava os dois corpos, que voltariam no mesmo navio com destino à terra natal, às 19 horas.


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