Miguel Reis, leitor do Espaço Aberto, discorda da avaliação positiva que aqui se fez de 1808, o livro do jornalista Laurentino Gomes.
Espaço aberto para a opinião do Miguel:
"Acabo de ler o livro e considero que ele não é mais do que uma anedota sobre portugueses, contada à maneira do Brasil.
O drama está em que uma coisa é escrever livros de anedotas e outra, bem diferente, é trabalhar sobre História.
Este livro, feito nuns meses, tenta reescrever a História e põe na lama todo o trabalho de investigação feitos historiadores probos, durante os últimos 200 anos.
Usando as regras clássicas do sensacionalismo jornalístico («como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil») o 1808 deixa mal a imagem do jornalismo brasileiro, ainda muito enquistado a traumatismos que muitos não conseguiram ultrapassar.
Mas, de outro lado, deixa um enorme desafio aos intelectuais em geral e aos historiadadores em particular.
Ele é, afinal, um excelente ponto de partida para um debate sobre essa interessantíssima fase histórica, que não pode deixar de fazer-ser."
Nenhum comentário:
Postar um comentário