terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Eles não se entendem

Na FOLHA DE S.PAULO:

Mantega diverge de novo de Lula sobre pacote pós-CPMF
Presidente diz não haver pressa para anúncio; ministro prevê anúncio até fim de semana

Em seu programa semanal de rádio, "Café com o Presidente", Luiz Inácio Lula da Silva disse não haver "nenhum motivo" para "anunciar medidas de forma extemporânea, para anunciar novos impostos".Gravado na tarde de anteontem, o programa foi veiculado na manhã de ontem, em quatro horários (6h, 7h, 8h e 13h). Por volta das 10h, em Montevidéu, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciava que até o fim desta semana o governo deverá divulgar "medidas emergenciais" para absorver o impacto sobre as contas públicas do fim da CPMF.
Mantega afirmou: "O anúncio das medidas emergenciais, ou seja, a redução de gastos, alguma modificação de tributos, deverá ser até o final da semana, se nós considerarmos que elas estão amadurecidas". A declaração foi dada no lobby do hotel onde o ministro se hospedou no Uruguai para participar da reunião do Conselho do Mercado Comum do Mercosul.
Ele, não quis, porém, antecipar o teor dessas medidas. "As medidas estão em estudo. Só ficarão prontas mais para o final da semana e só aí que nós anunciaremos. Até lá não temos nada para dizer a respeito."No domingo, Lula havia desautorizado declarações dadas por Mantega nos dias anteriores. O presidente negou que o governo tenha decidido criar um novo imposto para substituir a CPMF e que investimentos do PAC e em programas sociais poderiam ser revistos.Ontem, o ministro negou que as declarações de Lula tenham sido uma repreensão a ele.
"O presidente não fez reclamação. Isso é uma interpretação dos jornais", disse. "Para um novo instrumento tributário, não [defendi que se editasse uma MP], porque é constitucionalmente impossível. Eu jamais falaria isso. Criaram um factóide que não condiz com aquilo que eu tinha falado."Questionado se vai haver aumento de impostos, Mantega respondeu: "Não há nenhuma definição em relação às medidas até agora, então não adianta a gente fazer especulação. É claro que vai haver redução de despesa, mas ainda não temos claro onde vai ser".

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